Quem tem doenças respiratórias crônicas – asma, enfisema e bronquite – sabe que o outono e o inverno exigem atenção e cuidados especiais, devido ao ar seco e à queda nas temperaturas. "Não fumar e evitar a exposição passiva ao cigarro ainda são as medidas isoladas mais efetivas na prevenção às doenças respiratórias e para evitar seu agravamento", alerta a médica Gláucia Berreta Ruggeri, do Núcleo de Atenção Integral à Saúde (NAIS), da Central Nacional Unimed.
Doenças respiratórias crônicas
Mais de 95% dos casos de enfisema e bronquite ocorrem por conta do tabagismo. Já os principais fatores externos associados ao desenvolvimento da asma são os alérgenos inaláveis (substâncias do corpo e fezes de ácaros domésticos; antígenos fúngicos, de insetos como baratas e de animais domésticos; polens) e os vírus respiratórios, particularmente as infecções pelo vírus sincicial respiratório (doença viral contagiosa que afeta os pulmões), nos primeiros anos de vida.
Poluentes ambientais – fumaça de cigarro, gazes e partículas em suspensão no ar, como as provenientes da combustão do óleo diesel – podem tornar as pessoas mais sensíveis aos alérgenos e agravar a situação dos brônquios em indivíduos predispostos a essa doença.
Fumante passivo
Os não fumantes expostos à fumaça do cigarro viram fumantes passivos, que inalam os mesmos elementos tóxicos que os tabagistas. Segundo Gláucia, sete não fumantes morrem no mundo, diariamente, em consequência da inalação frequente da fumaça dos cigarros alheios.
A fumaça inalada pelo fumante tem 4.700 substâncias, 43 delas cancerígenas. Já a que sai da ponta do cigarro (e que afeta o não fumante) tem 21 vezes mais nicotina, 15 vezes mais monóxido de carbono e 50 vezes mais substâncias cancerígenas.
Prevenção
Veja as dicas da Drª Gláucia para prevenção das doenças respiratórias no outono e inverno:
- Vacinação antigripal antes dos meses mais frios, para evitar agravamento e possíveis internações, pois as infecções por vírus respiratórias são as mais impactantes.
- Evitar ambientes fechados e sem ventilação, aglomerados, poeiras, cortinas, tapetes, animais de estimação dentro de casa, contato com fumaça de cigarro.
- Manter a frequente higienização das mãos com água e sabão e, se possível, o uso do álcool gel.
- Lavagens nasais frequentes, com soro fisiológico.
Não fumar é a medida isolada mais efetiva contra enfisema e bronquite
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