Os tumores de estômago, também nomeados como câncer gástrico, aparecem no Brasil em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto entre as mulheres. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 20.520 novos casos para 2016, sendo 12.920 homens e 7.600 mulheres. Já o número de mortes causadas pela doença também é grande. Foram 14.182 em 2013, números do último estudo.
De acordo com Dr. Amândio Soares, médico oncologista da Oncomed BH, o que contribui para o número, considerado alto, é que este tipo de câncer não evidencia sintomas específicos. “Os sinais mais frequentes são a perda de peso e apetite, dificuldades para engolir, má digestão, vômitos após as refeições, fezes escuras e massa palpável no abdome”, declara o oncologista.
A doença ocorre a partir do aparecimento de um conglomerado de células malignas que resultam no desenvolvimento de um tumor. Este tipo de câncer aparece na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.
E, para o seu diagnóstico, são utilizados dois tipos de exame. Na primeira opção, a endoscopia digestiva alta, considerada a mais eficiente, é possível a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e o diagnóstico citológico. Já na segunda, o exame radiológico contrastado do estômago, os raios-x esboçam o interior do estômago e esôfago e o médico procura por áreas anormais ou tumores.
O tratamento é feito de acordo com a gravidade da conjuntura. Caso a doença esteja restrita ao estômago, pode ser realizada a gastrectomia, que consiste na retirada cirúrgica parcial ou total do estômago do paciente, além das outras modalidades terapêuticas, como quimioterapia e radioterapia. Nos casos mais avançados, onde a doença compromete outros órgãos, a terapia sistêmica é a indicada, consistindo em uso intravenoso de quimioterapia e/ou drogas alvo. “Vale lembrar que o câncer gástrico, nos seus estágios mais iniciais e passíveis de tratamento curativo, é uma doença de modo geral silenciosa”, reforça Dr. Amândio.
Para prevenir o câncer de estômago é fundamental seguir uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras, legumes e fibras, além do consumo moderado de sal e alimentos defumados. A prática de atividades físicas regularmente, o combate ao tabagismo e a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas também são outros meios de prevenção da doença.
Mais de 20 mil novos casos da doença são estimados para 2016 no país
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