Existe um período da vida em que a fragilidade exige cuidados especiais. Neste momento, encontrar um lugar seguro, acolhedor e com atendimento qualificado é fundamental. E foi com o objetivo de oferecer esse lugar, que a administradora Ângela dos Santos e enfermeira Simone da Silva Juvenaci criaram o Residencial Angels.
A ideia, segundo elas, surgiu após a procura de um serviço exclusivo para o público feminino com patologias físicas e mentais. “ Éramos procuradas pelos familiares, que queriam um lugar diferenciado somente feminino”, contam. Em Passo Fundo esse lugar não existia, então, Ângela e Simone viram a oportunidade de oferecer um atendimento diferenciado e investiram no residencial.
Deu tão certo que hoje as duas são responsáveis por quatro casas: a Casa Geriátrica, que atende pacientes idosas do sexo feminino, com Grau de dependência III, com patologias como Alzheimer, Esclerose Múltipla, Sequelas de AVC, Demência Senil, Parkinson; um Residencial Terapêutico, que atende o público masculino, a partir dos 18 anos, com patologias como Alzheimer, Depressão, Sequelas de AVC, Esquizofrenia, Transtorno Bipolar e Deficiência Física e Mental; e um segundo Residencial Terapêutico, para pacientes de ambos os sexos, a partir de 18 anos, com Depressão, Esquizofrenia e Transtorno Bipolar; e, desde de abril deste ano, contam ainda com uma clinica especializada para adolescentes com patologia físicas e mental, mais um avanço para a cidade que se orgulha de se intitular Polo em saúde.
Atendimento especializado
Entre os diferenciais do Residencial, as donas destacam os serviços com médicos especialistas, como neurologistas e psiquiatras. “Ainda são oferecidas diversas atividades objetivando a melhoria de socialização, bem-estar e qualidade de vida, como musica terapia, arte terapia, reabilitação cognitiva e atendimento psicológico. A equipe ainda conta com enfermagem 24 horas, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social”, explicam.
Para elas, todo o trabalho multiprofissional desenvolvido nas casas é de extrema importância para os pacientes, já que permite um tratmento específico para a necessidade de cada um. “O trabalho humanizado com a pessoa idosa é primordial para dar continuidade no contexto cuidado, tanto no meio familiar quanto no social, pois todos os aspectos relacionados a sua vida é de inteira importância para que se permita identificar seus critérios psicossociais dentre outros”, comentam.
De acordo com Ângela e Simone, para se ter um resultado satisfatório, a humanização deve estar intrínseca no cuidar, pois executar a assistência envolve capacidades físicas, psíquicas, intelectual e emocional, incluindo trocas de afetos e de saberes por ambas as partes.
Um novo olhar
Nem só o atendimento mudou. O olhar sobre casas geriátricas e centros terapêuticos também mudou. Segundo Ângela e Simone, antigamente os idosos eram colocados em asilos, e muitas vezes esquecidos por seus familiares, e esse ainda continua sendo o temor de quem vai para uma instituição.
Felizmente essa realidade já não é mais a mesma. “Atualmente tem aumentado o números de instituições que abrem para cuidar de idosos e sempre quando somos procuradas demonstramos todo o nosso atendimento”, contam. Por isso, uma das maiores preocupações do Residencial é o incentivo a visitas. “Para nós, essa é a questão principal que abordamos com os familiares sobre as visitas e por isso temos horário de visitas todos os dias pela parte da tarde e sempre que necessário dispusemos outros horários para a visita, assim todas as idosas recebem visitas de seus familiares. Também nos preocupamos em deixar nossa clinica mais próximo a uma residência, para que sintam-se em casa”, finalizam.