Alimentação saudável é a principal alternativa para controle do colesterol ruim

Controle da dieta é medida substancial para evitar complicações

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Atualmente o colesterol alto é considerado um dos principais inimigos da saúde – associado ao desenvolvimento de doenças crônicas, principalmente as cardiovasculares, a substância é um mal recorrente da população adulta, especialmente nos grandes centros urbanos. De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, através da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2013), somente no Brasil, 18.4 milhões de adultos foram diagnosticados com o problema. E a prevalência da patologia se dá na parcela mais idosa da população, especialmente entre as mulheres – a ocorrência do problema entre elas é de 12,5% contra 9,7% entre os homens. O distúrbio é reflexo principalmente dos maus hábitos alimentares decorrentes da vida moderna: o consumo excessivo de gorduras e produtos industrializados colaboram para o aumento do temido LDL – ou “colesterol ruim” – esse problema silencioso é importante fator de risco para o surgimento de problemas renais, problemas do coração e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Justamente por isso, o controle da dieta é a principal recomendação médica para controlar a condição e prevenir possíveis complicações.

Entendendo o colesterol

Não, o colesterol não é de todo ruim. Na verdade a substância é fundamental para o organismo: 70% dele é produzido pelo fígado, enquanto os outros 30% são provenientes da alimentação. Essa substância está ligada à síntese das membranas celulares e a regulação do metabolismo por compor determinados hormônios sexuais, como o testosterona e estrógeno. Também está ligado à digestão de gorduras – boa parte dele é utilizado pelo fígado para produção dos sais biliares. Portanto, o colesterol não é um “inimigo” da saúde que deve ser reduzido ao máximo – o lipídeo deve sim, ser controlado, pois o perigo está justamente no descompasso de seus níveis.
Justamente neste ponto entra a questão dos “tipos” de colesterol: quimicamente, este composto solúvel de gorduras possui uma única estrutura molecular, diferenciando apenas pelo tipo de molécula responsável por seu transporte na corrente sanguínea. Quando o colesterol circula pelo sangue, se combina com lipoproteínas que formam o LDL (Low Density Lipoprotein ou lipoproteína de baixa densidade) e o HDL (High Density Lipoprotein ou lipoproteína de alta densidade).

Alimentação – fator determinante

O colesterol alto é multifatorial – predisposição genética, problemas na tireoide, doenças renais, diabetes descompensada e principalmente maus hábitos alimentares, como o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares e gorduras, podem contribuir para o desenvolvimento do problema. Outros agravantes como o uso de anabolizantes, o tabagismo e o abuso de bebidas alcóolicas tornam a situação ainda mais delicada, pois danificam as paredes das artérias, tornando o organismo mais suscetível aos danos causados pelo LDL. Dentre os fatores passíveis de controle pelo próprio indivíduo, a alimentação é substancial tanto para a prevenção quanto para o combate do problema – a PNS demonstrou que dentre os indivíduos diagnosticados com a doença, a principal recomendação médica para 93.7% dos casos foi manter uma dieta saudável.
Dietas ricas em gorduras, especialmente de origem animal, acarretam no aumento do LDL, pois esses alimentos são ricos em gorduras saturadas que, por sua estrutura, se acumulam mais facilmente nas artérias. Com o LDL elevado, a concentração de gordura no sangue se eleva, propiciando situações de risco para a saúde. O colesterol em excesso passa a se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos, configurando um problema silencioso, que aumenta o risco de complicações, caso os níveis não sejam controlados.

Alimentos que combatem o colesterol ruim

Fibras: as fibras insolúveis são capazes de formar uma espécie de gel no organismo. Essa substância reduz a absorção de gorduras e, consequentemente, contribui para redução do LDL. Farelo de trigo, semente de linhaça e o feijão são ótimas fontes desse tipo de fibra. Porém, é importante consumi-las dentro da recomendação diária e beber bastante água.
Flavonóides: esses compostos bioativos possuem grande poder antioxidante capaz de reduzir a oxidação do colesterol ruim nos vasos sanguíneos, além de reduzir a própria circulação do LDL. Os flavonóides estão presentes em diversos alimentos de origem vegetal como, por exemplo, frutas como a laranja, morango e maçã; vegetais de folha escura como o brócolis e o espinafre, oleaginosas como castanhas, e até mesmo no chá verde.
Fitoesteróis: componente estrutural de boa parte dos vegetais, essa substância tem um papel excepcional no combate ao colesterol ruim: sua similaridade com a estrutura do LDL faz com que, quando consumido, ocorra uma competição pela absorção de ambas substâncias, provocando uma diminuição da absorção do LDL e contribuindo para sua eliminação nas fezes. Presente em diversos alimentos como cereais e grãos integrais, óleos vegetais, frutas e oleaginosas, seu consumo adequado pode ser uma tarefa árdua. Uma alternativa viável é incluir na dieta produtos enriquecidos com fitoesteróis, como iogurtes, margarinas e até mesmo suplementos que auxiliam a incrementar o aporte dessa substância.”
Peixes: uma boa opção para substituir a carne vermelha é incluir peixes na dieta. A carne desse animal é pobre em gordura saturada e rica em gorduras “boas”. O consumo de espécies ricas em Ômega 3 e 6 são cada vez mais associadas à redução do colesterol ruim e manutenção do colesterol.

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