Molares e pré-molares são mais afetados pela cárie oculta

Visita regular ao dentista é a melhor forma de diagnosticar o problema precocemente

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Muita gente acredita que a cárie só existe se houver dor ou alguma alteração visível na superfície do dente. O que muitas pessoas não sabem é que nem sempre a cárie se manifesta dessa forma mais comum. Um exemplo disso é a cárie oculta, que geralmente fica escondida nos dentes, não apresentando nenhuma alteração visível a olho nu, podendo causar diversos problemas à saúde bucal.

A cárie oculta nada mais é que uma lesão no dente em que não se percebe a presença de cavidades ou indício de destruição dental, ou seja, o esmalte dental encontra-se levemente desmineralizado ou até mesmo sadio. Esse tipo de lesão aparentemente invisível está presente em uma parte do dente chamado dentina, na qual o aspecto “saudável” engana devido ao não comprometimento do esmalte (mudança de textura ou pigmentação).

Os principais fatores que podem desencadear esse tipo de lesão de cárie oculta são: defeitos estruturais e anatômicos do esmalte dental; uso de substâncias que contenham fluoreto (flúor, etc), que podem gerar a hipermineralização do esmalte, dificultando a identificação desse tipo de cárie; e microbiota específica (microorganismos).

Mas como diagnosticar a cárie oculta? A professora do Curso de Odontologia da IMED e especialista em dentística restauradora, Joseane Viccari Calza é quem explica.

“A cárie oculta é diagnostica através dos aspectos clínicos do elemento dental e pelo exame radiográfico. Para um correto exame clínico visual, o elemento dental deve estar: limpo, seco e bem iluminado, e sítios com pigmentações, fissuras profundas, opacidades de esmalte e micro cavidades devem ser levados em conta para a detecção dessa patologia, além de se avaliar sempre o risco/atividade/paciente. E é com um exame radiográfico de qualidade que a lesão de cárie oculta é confirmada, como também, o quanto o elemento dental está afetado”, ressalta.

A docente comenta que não existe nenhum grupo de pessoas que está mais propenso a desenvolver cárie oculta, porém os dentes mais afetados são os molares, seguidos dos pré-molares. Além disso, ela também destaca que a única maneira de tratar ou eliminar a lesão é através da remoção da dentina cariada, e posterior restauração do dente.

Joseane finaliza destacando quais os principais cuidados que se deve ter em relação à prevenção de cárie oculta: “Além do hábito de visitas regulares ao cirurgião-dentista, um diagnóstico precoce e correto da integridade da superfície dental, seguido de exame radiográfico acurado, resultará em sucesso na prevenção e mínima intervenção restauradora”.

 

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