Considerada uma doença da velhice, a artrite reumatoide é comum no Brasil e já atinge 0,46% da população. São mais de 150 mil novos casos registrados por ano. O sistema imunológico do corpo de quem sofre com a condição ataca o próprio tecido, juntas e, nos casos mais graves, pode até mesmo comprometer os órgãos internos. Isso gera o desgaste do revestimento das articulações, causa rigidez e inchaços doloridos.
Levi Jales Neto, médico reumatologista do Centro de Terapia Infusional de Reumatologia da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que, conforme a doença avança, a inflamação pode deformar as articulações e erodir os ossos irreversivelmente. “Não há cura para condição, que é crônica e pode durar vários anos ou a vida inteira. Mas, atualmente existem medicamentos que podem desacelerar sua progressão, melhorar a dor e a qualidade de vida das pessoas”, explica.
A medicação imunobiológica é uma delas. "Esse tratamento é inovador e perfeitamente capaz de substituir as altas dosagens de corticoides presentes em tratamentos anteriores. A mudança pode gerar mais conforto e qualidade de vida ao paciente, que lida com menos efeitos colaterais.” Já existem diversos medicamentos desta linha aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ø O que é?
Doença inflamatória crônica das articulações, que resulta em lesão articular, dor, perda de função e incapacidade motora.
Ø Sintomas mais comuns:
- Rigidez muscular;
- Articulações vermelhas, inchadas, doloridas e sensíveis;
- Fadiga e diminuição do apetite;
- Dores mais comuns em regiões como punhos, mãos, pés, cotovelos, ombros, joelhos e tornozelos.
Ø Prevenção:
“Alimentação balanceada, prática de exercícios físicos regularmente e check-up são medidas para se prevenir e amenizar as consequências da patologia”, afirma o reumatologista do Hospital São Camilo.