Alergia ou intolerância alimentar?

A intolerância alimentar é mais frequente e pode afetar qualquer indivíduo sem história familiar, enquanto a alergia alimentar geralmente é um problema mais raro e hereditário, surgindo em vários membros da mesma família

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Nutricionista Ana Carolina Terrazzan na 8º Jornada de Multiprofissional de Terapia Nutricional do Planalto MédioNutricionista Ana Carolina Terrazzan na 8º Jornada de Multiprofissional de Terapia Nutricional do Planalto Médio
Nutricionista Ana Carolina Terrazzan na 8º Jornada de Multiprofissional de Terapia Nutricional do Planalto Médio
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A alergia alimentar e a intolerância alimentar são dois problemas que atingem muitas pessoas e que às vezes são confundidas, gerando dúvidas e questionamentos. Estima-se que as reações alimentares de causas alérgicas acometam de 6 a 8% das crianças com menos de 3 anos de idade e de 2 a 3% dos adultos. A nutricionista Ana Carolina Terrazzan, esteve na 8º Jornada de Multiprofissional de Terapia Nutricional do Planalto Médio, promovida pelo Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo e explicou a diferença, como identificá-las e os cuidados necessários.
Conforme Ana, a alergia está ligada ao sistema imunológico, ou seja, gera um processo inflamatório enquanto a intolerância depende de enzimas sua deficiência ou em menor número. “A alergia é mais comum na infância e seu diagnóstico não é tão fácil. Um exemplo é a alergia a proteína do leite de vaca, onde os sintomas podem ser presentes desde o nascimento, quando o bebê mama e entra em contato com a proteína através do leite materno. Os sintomas da alergia podem ser vômito, brotoejas na pele que não melhoram, assadura, diarreia ou quando o bebê tem raias de sangue nas fezes, o que demonstra que houve um processo inflamatório”, exemplifica a nutricionista.
A intolerância alimentar é mais frequente e pode afetar qualquer indivíduo sem história familiar, enquanto a alergia alimentar geralmente é um problema mais raro e hereditário, surgindo em vários membros da mesma família. “Os sintomas da intolerância são dor no estômago, inchaço da barriga, excesso de gases intestinais, sensação de queimação na garganta, vômitos e diarreia, e podem demorar mais ou menos 30 minutos após a ingestão do alimento para aparecer”, destaca a especialista, enaltecendo que o diagnóstico é feito através de exames e testes.
Em relação ao tratamento a especialista pontua que tanto na alergia alimentar como na intolerância alimentar é necessária a retirada da alimentação, os alimentos que causam os sintomas. “No caso da alergia dos bebês como exemplificamos, a mãe precisa fazer uma dieta para que o bebê não tenha contato com o alimento. É sempre importante fazer uma boa leitura de rótulos para que o alimento não seja ingerido”, orientou Ana destacando ainda que em ambos os casos o acompanhamento médico e com o nutricionista é fundamental. “O profissional vai orientar e fazer as substituições adequadas. Uma restrição alimentar não é fácil porque a alimentação também é uma forma de convívio social, por isso, procurar um profissional é fundamental”.

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