Apesar de ser um problema comum, ronco é tratado como tabu

Especialista dá dicas de prevenção e tratamento para aumentar a qualidade do sono

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Você ronca ou convive com pessoas que roncam? Isso atrapalha o seu sono? Acha o barulho normal ou sinal de um problema maior? Qual o seu grau de conhecimento sobre o assunto?
Segundo o médico Luiz Fernando Lobo, cirurgião buco-maxilo-facial do Hospital Santa Paula, de São Paulo, o ronco é o som causado pela vibração dos tecidos da faringe quando o ar passa por esta região. “Quando dormimos, há um relaxamento natural dessa musculatura que pode vibrar com a passagem do ar. Isso é o ronco”, diz.
Mas por que roncamos? De acordo com o médico, as pessoas mais suscetíveis são as que apresentam sobrepeso, dificuldades respiratórias (rinite, sinusite, desvio de septo nasal, etc.) e problemas na arcada dentária. Além disso, consumir bebidas alcoólicas e dormir com a barriga para cima podem propiciar o ronco até em quem não ronca normalmente.
De acordo com o especialista, em longo prazo, o ronco pode causar cefaleia ao acordar, arritmia cardíaca, baixa concentração, sonolência diurna, cansaço e irritabilidade, afetando a qualidade de vida do paciente. O sistema circulatório de uma pessoa que ronca é cerca de dez anos mais envelhecido comparado ao de uma pessoa que não apresenta o quadro.

Como diagnosticar?
A maneira mais comum é a observação externa. O indivíduo depende de alguém que o avise sobre o ronco. Porém, é possível fazer o diagnóstico por meio da polissonografia, um exame que monitora o sono por meio de equipamentos eletrônicos. Lobo recomenda ainda um exame clínico para avaliar a condição do trato respiratório do paciente como tomografia dos seios da face, documentação ortodôntica e broncoscopia.

 

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