Tratamento moderno para um trauma bastante comum

Mulheres após os 50 anos são as mais acometidas pelas fraturas devido à perda de massa óssea. Acesso a implantes modernos e o treinamento constante garantem a evolução dos procedimentos cirúrgicos que são mais eficazes no tratamento deste tipo de trauma

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Poucas pessoas sabem, mas as fraturas de mão são comuns nas emergências dos hospitais em todo o país, já que esta região da anatomia humana é muito sujeita a traumas por ser uma extremidade. O diretor clínico do grupo IOT e cirurgião de mão e microcirurgia, Marcelo de Lemos, explica que a causa mais comum da fratura de punho é a queda da própria altura sobre a mão, já que quando caímos a ação de reflexo tende a ser colocar todo o peso do corpo sobre a região, sobrecarregando o punho. “Sem dúvida a prevenção primária é evitar as quedas em nível residencial e também em via pública”, explica o ortopedista.
Outro aspecto importante é que as pessoas mais atingidas por este tipo de trauma são mulheres acima de 50 anos devido à perda da massa óssea decorrente de patologias como osteopenia (perda inicial de massa óssea) e osteoporose (perda mais significativa de massa óssea). Assim, a prevenção destas doenças, que inclui a ingestão de vitamina D e cálcio, exposição moderada ao sol, a prática de exercícios físicos, além do acompanhamento médico, também é importante fator de prevenção para a fratura de punho.
O ortopedista explica que a fratura é caracterizada por um punho deformado tipo dorso de garfo, ou seja, a mão fica desviada para trás. “Felizmente as fraturas mais comuns desse tipo não envolvem a articulação do punho e têm uma evolução favorável desde que tratadas de acordo com a sua necessidade de cirurgia”, explica.
Já no diagnóstico o profissional avalia a necessidade de cirurgia que tem se mostrado mais eficaz que um tratamento conservador nas fraturas que apresentam desvios observados nos raios-x. “O tratamento é individualizado dependendo de cada caso, mas, em pacientes onde existe deslocamento da fratura, a indicação é a cirurgia. O conceito de colocar no lugar e depois usar gesso não é mais aceito como tratamento eficaz para essas fraturas”, destaca o especialista. “Ao contrário do que se pensava antes, a cirurgia para as fraturas do punho, acaba sendo o melhor caminho para um bom resultado funcional em casos selecionados”, esclarece.
A recuperação no pós-operatório depende do tipo de fratura e também dos implantes (placa, parafuso) utilizados. “Nos casos em que se obtém uma boa fixação a fisioterapia inicia com nove dias após a cirurgia, enquanto nos casos tratados sem cirurgia a fisioterapia inicia com seis semanas de imobilização”, esclarece o ortopedista. Nesta fase o paciente também precisa ter cuidados básicos para não realizar movimentos que envolvem força com a mão. “Somente movimentos mais leves são permitidos para que se garanta a diminuição do inchaço da mão”, ressalta. De acordo com o médico, após seis semanas estão liberadas as atividades rotineiras do paciente, pois somente nesse tempo a fratura estará consolidada.
O ortopedista ressalta que atualmente, com o acesso aos implantes mais modernos, as cirurgias para tratamento das fraturas do punho evoluiu muito. “Hoje no IOT toda a equipe de Cirurgia da Mão, liderada pelo Dr Osvandré Lech, está habilitada para prestar o melhor atendimento para as fraturas do punho e do membro superior”, frisa. A constante atualização do corpo clínico, através de cursos e da pesquisa científica, garante bons resultados no tratamento da patologia. “Atualmente realizamos no IOT pesquisas na área de cirurgia da Mão visando o tratamento otimizado das fraturas do punho, cada vez mais comuns nas emergências dos hospitais. Recebemos pacientes de todo o Estado para o tratamento deste tipo de fratura”, analisa o especialista. Atualmente o grupo IOT conta com cinco ortopedistas especializados em membros superiores: Dr. Osvandré Lech, Dr. Antônio Severo, Dr. Paulo Piluski, Dr. Marcelo de Lemos e Dr. Carlos Castillo.
O grupo IOT atende no terceiro andar da Unidade II do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, localizado na rua Uruguai, 2050.

Gostou? Compartilhe