Poucas pessoas sabem, mas as fraturas de mão são comuns nas emergências dos hospitais em todo o país, já que esta região da anatomia humana é muito sujeita a traumas por ser uma extremidade. O diretor clínico do grupo IOT e cirurgião de mão e microcirurgia, Marcelo de Lemos, explica que a causa mais comum da fratura de punho é a queda da própria altura sobre a mão, já que quando caímos a ação de reflexo tende a ser colocar todo o peso do corpo sobre a região, sobrecarregando o punho. “Sem dúvida a prevenção primária é evitar as quedas em nível residencial e também em via pública”, explica o ortopedista.
Outro aspecto importante é que as pessoas mais atingidas por este tipo de trauma são mulheres acima de 50 anos devido à perda da massa óssea decorrente de patologias como osteopenia (perda inicial de massa óssea) e osteoporose (perda mais significativa de massa óssea). Assim, a prevenção destas doenças, que inclui a ingestão de vitamina D e cálcio, exposição moderada ao sol, a prática de exercícios físicos, além do acompanhamento médico, também é importante fator de prevenção para a fratura de punho.
O ortopedista explica que a fratura é caracterizada por um punho deformado tipo dorso de garfo, ou seja, a mão fica desviada para trás. “Felizmente as fraturas mais comuns desse tipo não envolvem a articulação do punho e têm uma evolução favorável desde que tratadas de acordo com a sua necessidade de cirurgia”, explica.
Já no diagnóstico o profissional avalia a necessidade de cirurgia que tem se mostrado mais eficaz que um tratamento conservador nas fraturas que apresentam desvios observados nos raios-x. “O tratamento é individualizado dependendo de cada caso, mas, em pacientes onde existe deslocamento da fratura, a indicação é a cirurgia. O conceito de colocar no lugar e depois usar gesso não é mais aceito como tratamento eficaz para essas fraturas”, destaca o especialista. “Ao contrário do que se pensava antes, a cirurgia para as fraturas do punho, acaba sendo o melhor caminho para um bom resultado funcional em casos selecionados”, esclarece.
A recuperação no pós-operatório depende do tipo de fratura e também dos implantes (placa, parafuso) utilizados. “Nos casos em que se obtém uma boa fixação a fisioterapia inicia com nove dias após a cirurgia, enquanto nos casos tratados sem cirurgia a fisioterapia inicia com seis semanas de imobilização”, esclarece o ortopedista. Nesta fase o paciente também precisa ter cuidados básicos para não realizar movimentos que envolvem força com a mão. “Somente movimentos mais leves são permitidos para que se garanta a diminuição do inchaço da mão”, ressalta. De acordo com o médico, após seis semanas estão liberadas as atividades rotineiras do paciente, pois somente nesse tempo a fratura estará consolidada.
O ortopedista ressalta que atualmente, com o acesso aos implantes mais modernos, as cirurgias para tratamento das fraturas do punho evoluiu muito. “Hoje no IOT toda a equipe de Cirurgia da Mão, liderada pelo Dr Osvandré Lech, está habilitada para prestar o melhor atendimento para as fraturas do punho e do membro superior”, frisa. A constante atualização do corpo clínico, através de cursos e da pesquisa científica, garante bons resultados no tratamento da patologia. “Atualmente realizamos no IOT pesquisas na área de cirurgia da Mão visando o tratamento otimizado das fraturas do punho, cada vez mais comuns nas emergências dos hospitais. Recebemos pacientes de todo o Estado para o tratamento deste tipo de fratura”, analisa o especialista. Atualmente o grupo IOT conta com cinco ortopedistas especializados em membros superiores: Dr. Osvandré Lech, Dr. Antônio Severo, Dr. Paulo Piluski, Dr. Marcelo de Lemos e Dr. Carlos Castillo.
O grupo IOT atende no terceiro andar da Unidade II do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, localizado na rua Uruguai, 2050.
Tratamento moderno para um trauma bastante comum
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