O Brasil foi um dos primeiros países, dentre os de baixa e média renda, a fornecer, em 1996, tratamento gratuito para pessoas que viviam com Aids.
Enquanto isso, a maioria desses países aguardava financiamento internacional para suas respostas. Em consequência dessa política de acesso universal, o Brasil teve uma queda acentuada na taxa de mortalidade associada à doença.
O País hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (Terv) entre os países de média e baixa renda, com mais da metade (64%) das pessoas vivendo com HIV recebendo Tarv, enquanto que a média global em 2015 foi de 46%.
Confira 10 informações básicas sobre a doença:
1. O que é o HIV?
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida), ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
2. Ter o HIV é a mesma coisa que ter Aids?
Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas podem transmitir o vírus a outros por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é importante fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.
3. Como se pega o HIV?
O vírus HIV é transmitido por meio da relação sexual (vaginal, anal ou oral) desprotegida (sem camisinha) com pessoa soropositiva, ou seja, que já tem o vírus HIV, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados e de mãe soropositiva (sem tratamento) para filho durante a gestação, parto ou amamentação.
4. Qual é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus HIV?
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino no ato sexual, seja ele anal, vaginal ou oral. Saiba aqui por que o preservativo é uma eficaz estratégia contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
Os preservativos masculinos e femininos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também estão disponíveis para compra em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.
5. O HIV tem cura?
Ainda não há cura para o HIV, mas há muitos avanços científicos nessa área que possibilitam que a pessoa portadora do vírus tenha qualidade de vida.
6. Quais são os sintomas do HIV?
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da Aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. É na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença.
Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar.
Por isso, a maioria dos casos passa despercebido. Caso haja suspeitas de infecção pelo HIV, procure uma Unidade de Saúde mais próxima e realize o teste.
7. Onde fazer o exame para saber se tenho HIV/Aids?
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são serviços de saúde que realizam ações de diagnóstico e prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis e, nesses serviços, é possível realizar testes para HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente, assim como nas Unidades Básicas de Saúde. Aqui você consegue achar o CTA mais próximo da sua casa.
8. Mesmo não havendo ejaculação na relação sexual, é possível transmitir ou contrair o vírus?
O líquido que é expelido antes da ejaculação pode ter um pouco de sêmen, por isso, o contato com o pênis, mesmo sem penetração, pode apresentar risco de transmissão do vírus, caso um dos dois seja portador do HIV.
9. É possível contrair o vírus com beijos?
Não se contrai HIV pelo beijo. Porém, podem ser transmitidas doenças como gengivite, a herpes, mononucleose e até o condiloma acuminado (HPV), caso a pessoa infectada apresente lesões na garganta ou na boca.
10. É possível, sendo menor de idade, realizar o teste para saber se tenho HIV sem a presença dos meus responsáveis?
O estímulo ao diagnóstico precoce da infecção pelo HIV é uma prioridade para o Ministério da Saúde. Dessa forma, o acesso ao exame é um direito de todas as pessoas, independentemente da idade.
O Ministério da Saúde recomenda que:
– quando se tratar de criança (0 a 12 anos incompletos), a testagem e entrega dos exames anti-HIV só deve ser realizada com a presença dos pais ou responsáveis;
– quando for adolescente (12 a 18 anos), após uma avaliação de suas condições de discernimento, fica restrito à sua vontade a realização do exame, assim como a participação do resultado a outras pessoas.