Mais do que prevenção, garantia de qualidade de vida

Segunda edição do Happy Hour Azul levou informação sobre saúde do homem em bate-papo descontraído, nessa quinta-feira (24)

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Participaram do bate-papo o oncologista Alvaro Machado, o comunicador Porâ, o urologista Daniel Gobby e o radiologista Marcelo Ribeiro.Participaram do bate-papo o oncologista Alvaro Machado, o comunicador Porâ, o urologista Daniel Gobby e o radiologista Marcelo Ribeiro.
Participaram do bate-papo o oncologista Alvaro Machado, o comunicador Porâ, o urologista Daniel Gobby e o radiologista Marcelo Ribeiro.
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Cerca de 80 pessoas participaram, nessa quinta-feira (24), da segunda edição do Happy Hour Azul. O evento, que finalizou as ações da Campanha Novembro Azul, foi promovido pelo Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Clínica Kozma e JR Comércio de Cimento. O bate-papo sobre a saúde do homem ocorreu no Bar Maktub e envolveu médicos e a comunidade, com mediação do Porã, comunicador da Rádio Atlântida de Porto Alegre (RS). Segundo o oncologista clínico do CTCAN, Dr. Alvaro Machado, são mais de 60 mil diagnósticos de câncer de próstata por ano no Brasil, cerca de 6 mil no Rio Grande do Sul. “É o câncer mais importante no homem e o diagnóstico precoce significa imensas chances de cura”. No evento, foram abordados assuntos como a importância do diagnóstico precoce, os avanços no tratamento e os hábitos de saúde necessários para a prevenção. 

 

Diagnóstico eficiente

Para um diagnóstico certeiro, é necessária a junção de mais de um fator. O urologista Daniel Gobby falou sobre a correlação entre PSA - exame de sangue onde é detectada uma proteína produzida especificamente pela próstata, que quando se encontra aumentada na corrente sanguínea indica um problema – e o exame de toque retal. “O PSA é uma ferramenta muito importante para o diagnóstico, mas o exame, isoladamente, tem uma baixa taxa de especificidade para câncer de próstata, já que pode se elevar também em outras doenças. O PSA apenas é muito falho, o toque retal também. Os dois exames são importantes juntos, um complementa o outro”. Para o Dr. Alvaro Machado o avanço no tratamento e diagnóstico é surpreendente nos últimos anos. “Tudo ficou mais rápido e mais fácil. Especificamente para o câncer de próstata, vários medicamentos novos foram introduzidos no mercado nos últimos anos. Em geral, o câncer de próstata, mesmo em um estágio avançado, é uma doença passível de tratamento”. 

 

Rastreamento

A recomendação é iniciar o rastreamento a partir dos 45 anos. Homens que têm parentes em primeiro grau, como pai tio ou irmão, com histórico positivo de câncer de próstata, devem iniciar os exames a partir dos 40 anos. Segundo o urologista, isso não significa que seja necessário fazer o exame todos os anos. A partir da primeira consulta já é possível estratificar o risco de cada paciente e determinar a frequência para as avaliações preventivas. “O rastreamento é importante porque faz diagnóstico precoce”. Para ele, a diferença no interesse pela prevenção entre homens e mulheres tem uma tendência a diminuir. “Os homens estão procurando com mais frequência, gradativamente, o auxílio médico. Essa realidade está mudando e isso causará uma melhora na qualidade de vida do homem”. 

 

Diferença entre prevenção e diagnóstico precoce

Para o radiologista da Clínica Kozma, Marcelo Ribeiro, é importante saber a diferença entre prevenção e diagnóstico precoce. “A prevenção está relacionada a tudo o que diz respeito a hábitos saudáveis e tudo aquilo que as pessoas podem fazer para não ter alguma doença ou alguma patologia. Já o diagnóstico precoce tem um impacto muito significativo dentro do que chamamos de prognóstico, que é a expectativa de vida, de sucesso terapêutico”. Os dados do Ministério da Saúde mostram um incremento no número de diagnósticos novos no país, o que significa que mais pessoas estão indo fazer exames preventivos. Conforme Daniel Gobby, não há estatísticas que consigam analisar o impacto especifico de campanhas de orientação. Contudo, o mais importante nas campanhas não é simplesmente o fato de levar o paciente a fazer os exames preventivos, é principalmente ele ter informação para decidir de forma mais lógica e consciente as suas atitudes perante sua saúde. “As pessoas precisam entender que a maior parte das atitudes dependem delas próprias. Entender esses mecanismos preventivos talvez seja o mais importante de tudo, porque isso torna ele alguém mais consciente de si mesmo”, finaliza.  

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