Caxumba é tema de discussão na UPF

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O grande número de casos de caxumba registrados em Passo Fundo motivou um debate na Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF). Com o tema “Caxumba: estratégias de enfretamento do surto”, o auditório da unidade acadêmica recebeu na noite de terça-feira, dia 29 de novembro, o professor do curso de Medicina e médico infectologista Gilberto L. Barbosa e a representante do Núcleo de Vigilância Epidemiológica/Vigilância em Saúde de Passo Fundo, enfermeira Raquel Schwaab da Silva Carneiro. Na oportunidade, foram abordados aspectos relativos à doença e ao problema enfrentado pelo município, que já registrou mais de 200 casos de caxumba neste ano, o que caracteriza um surto da doença na cidade. Os números de ocorrências se destacam em adolescentes e jovens a partir dos 20 anos. 

Para Barbosa, uma das grandes dificuldades do controle da doença, além do fácil contágio, é a isenção de total proteção, mesmo que a pessoa seja vacinada. “A eficácia da vacina é de 78% para quem tomou uma dose e de 88% para quem tomou duas doses. Em alguns casos, há a necessidade de uma terceira dose”, explica. Segundo ele, o contágio, que pode ocorrer três dias antes e cinco dias após o aparecimento dos sintomas, facilita a propagação da doença, que pode ser transmitida a partir do contato por vias aéreas, gotículas de saliva e contato íntimo, como pelo compartilhamento de copos, talheres e objetos pessoais. O médico ainda afirma que a contaminação acontece somente uma vez e explica que a recorrência da doença é muito rara e, quando acontece, tem manifestações mais discretas.

Ambiente acadêmico
A enfermeira do núcleo de Vigilância, Raquel Schwaab, informa que no ambiente escolar, que normalmente se mantém um contato muito próximo entre colegas e amigos, se torna mais fácil a infecção. Conforme ela, uma das primeiras atitudes nesses ambientes é a verificação vacinal, buscando um posto de vacinação, se necessário. Os sinais clínicos devem ser observados, e em caso de confirmação devem ser alertados para a secretaria do curso e o setor de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.

Informações importantes
Fique atento a febre, dores no pescoço, inchaço nas glândulas salivares e fadiga. O tempo de incubação é de 14 a 21 dias. A vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS para pessoas de 1 a 49 anos nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios.

Caso tenha a doença, é importante informar o Núcleo de Vigilância Epidemiologia nos telefones (54) 3046-0160 e 3046-0087, ou pelo e-mail [email protected].

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