dificuldade de fala e leve déficit na mão direita. Em virtude de não esperar muito tempo em casa, chegou na Emergência do HSVP com duas horas de evolução dos sintomas. Ao dar entrada na unidade, o paciente recebeu trombolítico e em uma hora, já apresentava melhoras dos sintomas.
Depois que a pessoa tem AVC pela primeira vez, de acordo com o neurocirurgião, ela fica mais suscetível a desenvolver a doença novamente. “Para evitar que o paciente tenha um novo AVC, fazemos uma investigação para apurar as causas, que podem ser provenientes de uma placa de gordura na carótida (pescoço) que vai para a artéria do cérebro”, exemplifica o especialista, uma das hipóteses da doença.
Equipe treinada é fundamental
No HSVP, são atendidos em torno de 60 casos de acidente vascular cerebral por mês. E para aumentar a resolutividade no atendimento, neurologistas, equipes multiprofissionais da Emergência, técnicos de Radiologia, médicos residentes, profissionais de outros setores e equipe do SAMU de Passo Fundo, participaram de treinamento promovido pela Medtronic.
O encontro oportunizou a explanação e debate sobre diversos temas relacionados ao AVC, que foram apresentados por especialistas da Medtronic e Hospital São Vicente de Paulo. O foco principal foi a abordagem de um aplicativo chamado Join, que tem funcionamento semelhante ao WhatsApp, para melhorar a comunicação entre a equipe envolvida no atendimento de um paciente com suspeita de AVC. “Esta ferramenta é importante para mobilizar a equipe, transmitir informações sobre o paciente e todos agirem com o propósito de atender dentro do tempo da janela terapêutica, e assim termos uma boa evolução do paciente”, constata Crusius.
Em paralelo com o uso do aplicativo, o neurocirurgião reforça que o treinamento dos profissionais para diagnosticar e tratar o mais breve possível são as atitudes que farão toda a diferença, para salvar a vida da pessoa com esse problema.