O dia 20 de março foi instituído pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia para chamar a atenção da população sobre as implicações da Disfagia. A equipe de Fonoaudiologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo explica que a disfagia, consiste em um distúrbio de deglutição causado por pós-operatório, entubação por longo prazo, câncer de cabeça e pescoço, envelhecimento, entre outros fatores. O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para fazer o diagnóstico, orientar e reabilitar os distúrbios de deglutição, pois é importante se alimentar com segurança, sem oferecer riscos à saúde.
O ato de engolir pode parecer simples e involuntário, no entanto, uma série de ações encadeadas tem de ser tomadas para tanto. Durante a deglutição passamos mais ou menos por quatro fases diferentes: a preparatória, a oral, a faríngea e a esofágica“ A disfagia é um distúrbio que ocorre na alimentação, em que o alimento colocado na boca tem dificuldade em chegar até o estômago. Esta dificuldade pode ocorrer na fase oral, quando há a apreensão do alimento, a mastigação e formação de um bolo alimentar; na fase faríngea, quando impulsionamos para traz o alimento com auxilio da língua, ou na fase esofágica quando o alimento, já deglutido, pode voltar por refluxo ou outras alterações que possam impedir a passagem pelo esôfago”, explicam os fonoaudiólogos, reiterando que isto é um sintoma e sempre está associado a alguma doença de base, podendo ocorrer em qualquer idade.
Os sintomas da disfagia são tosse frequente durante ou após comer e beber, engasgos, sensação de alimento parado na garganta e dificuldade ou lentidão durante a alimentação. “ É preciso ficar atento e em caso desses sintomas procurar ajuda profissional. A disfagia pode levar a desnutrição, pneumonia aspirativa e até a morte”, alertam, informando que os principais fatores de risco são prematuridade, doenças neurológicas, traumas de face, câncer de cabeça e pescoço e envelhecimento. “O Fonoaudiólogo estuda, previne e trata os distúrbios da deglutição, atuando de forma precoce, ainda na beira do leito, de forma preventiva, intensiva, pré e pós-cirúrgica, evitando ou minimizando as pneumonias aspirativas, promovendo uma recuperação mais rápida e completa”.