Tecnologia aliada no diagnóstico da osteoporose é tema de evento em Passo Fundo

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Invisível e sem dor, a osteoporose é uma doença silenciosa, que já atinge 10 milhões de brasileiros, segundos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença acomete, principalmente, pessoas com mais de 50 anos. Com a população brasileira envelhecendo em ritmo acelerado, estima-se que até o ano de 2050, as pessoas com 50 anos ou mais serão 37% da população total, com aproximadamente 96 milhões de pessoas neste grupo etário, conforme a Fundação Internacional de Osteoporose. Para combater essa doença, a tecnologia é um importante aliado. A densitometria óssea é considerada, atualmente, o único método para um diagnóstico seguro da doença. Esse tema foi abordado durante um evento em Passo Fundo, no último dia 16 de março. O assunto foi ministrado pela médica radiologista Tailize Menegazzo. O evento foi uma realização da Clínica Kozma, em parceria com a Associação Médica do Planalto (Ameplan), e reuniu vários profissionais da área médica para discutir o assunto.

A osteoporose é uma doença osteometabólica, caracterizada por diminuição progressiva da massa óssea, associada a modificações na arquitetura do osso, consequentemente, reduzindo a resistência óssea e determinando um maior risco de fraturas, em presença de traumas de baixa energia ou menor impacto.

A densitometria óssea é o exame “padrão-ouro” para o diagnóstico da osteoporose, desde os estágios iniciais da doença, que é quando começa a perda da massa óssea. De acordo com a médica radiologista, Tailize Menegazzo, o exame de densitometria é rápido, detectando facilmente a doença. Todos os procedimentos que envolvem o exame levam em torno de vinte minutos, mas o tempo médio de permanência do paciente no densitômetro para a aquisição da imagem é de cinco a dez minutos. “O exame é simples, confortável e não invasivo. O paciente permanece deitado, enquanto o ‘braço’ do equipamento move-se, adquirindo as informações do exame. Utilizam-se acessórios, como por exemplo, o bloco de espuma para as pernas e o suporte para os pés, que auxiliam no posicionamento ideal da região analisada”, revelou Tailize.

O diagnóstico precoce da osteoporose é muito importante para combater a doença. “Muitas fraturas poderiam ser evitadas pelo diagnóstico precoce da osteoporose, antes da primeira fratura e, então, muitas incapacidades temporárias e definitivas poderiam ser evitadas, muitas vidas poderiam ser salvas. O conhecimento dos fatores de risco para osteoporose desperta a suspeita e a densitometria óssea ajuda no diagnóstico”, enfatizou a médica radiologista.

Indicações para avaliação da Densidade Mineral Óssea (DMO):

- Mulheres com idade igual ou superior a 65 anos;

- Mulheres na pós-menopausa abaixo dos 65 anos e com fatores de risco para fratura;

- Mulheres na transição menopausal com fatores de risco clínicos para fratura (baixo peso, fratura prévia ou uso de medicação de alto risco);

- Homens com idade igual ou superior a 70 anos;

- Homens abaixo dos 70 anos com fatores de risco clínicos para fratura;

- Adultos com fratura por fragilidade;

- Adultos com doença ou condição associada à baixa massa ou perda óssea;

- Adultos usando medicações associadas à baixa massa ou perda óssea;

- Todo indivíduo candidato à terapia farmacológica;

- Todo indivíduo em tratamento, para monitorizar efeito do mesmo;

- Todo indivíduo que não esteja recebendo terapia, desde que haja evidência de perda óssea que possa levar ao tratamento.

(Fonte: Posições oficiais ISCD 2007)

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