Cartilha orienta pacientes com doenças renais crônicas

Material foi lançado pelo Serviço de Nefrologia do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo

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Equipe multiprofissional e autores da CartilhaEquipe multiprofissional e autores da Cartilha
Equipe multiprofissional e autores da Cartilha
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Problema que atinge 10% da população mundial, a doença renal crônica que  afeta pessoas de todas as idades. Depois de diagnosticada e iniciar o tratamento de diálise a pessoa entra em um mundo totalmente diferente e vê sua rotina e hábitos mudarem. Por isso, pensando em orientar, aconselhar e auxiliar esses pacientes e familiares a encarar esta doença, o Serviço de Nefrologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo, lançou recentemente, a Cartilha de Orientação para Portadores de Doença Renal Crônica: Fase Dialítica e Transplante Renal. A cartilha é resultado do trabalho de uma equipe multiprofissional, com aval da Sociedade Brasileira de Nefrologia, com o objetivo de oferecer informações acerca da doença renal crônica e modalidades de tratamento, possibilitando proporcionar um cuidado zeloso e o fortalecimento dos vínculos entre os envolvidos.

Trabalho multiprofissional

A enfermeira coordenadora da Nefrologia, Vera Fortes, explica que depois de muitas leituras, reuniões da equipe e revisões, a cartilha ficou pronta e será entregue para cada paciente. “A cartilha irá proporcionar uma aproximação entre os profissionais e pacientes, porque a equipe irá usar o manual durante a diálise, podendo assim abordar os assuntos com os pacientes explicando e tirando as dúvidas”, ressaltou Vera agradecendo a todos os envolvidos na elaboração do projeto. “É uma felicidade muito grande lançar essa cartilha, pois foi um trabalho multiprofissional intenso, e que, com certeza fará a diferença no dia a dia dos nossos pacientes”. O nefrologista responsável técnico da Nefrologia Péricles Sarturi salientou a importância de profissionais competentes e humanizados, que se propõe a fazer diferente. “O paciente dialítico chega de forma emergencial ao nosso setor e por isso desinformado do que é a doença. Quando ele chega na unidade de diálise a vida se transforma e ele passa a ter novas rotinas e cuidados. Em função disso, essa informação multiprofissional disponível para eles vai amenizar essas as dúvidas, angústias e auxiliá-los a entender os processos e tratamentos”.

Facilitando a compreensão

A cartilha traz desde informações básicas sobre a doença renal crônica, os diferentes tipos de terapia e também desmistificando o transplante renal, a cartilha traz ilustrações do técnico de enfermagem Fredi da Silva, que ajudam a facilitar a compreensão do conteúdo. A psicóloga da Nefrologia, Lilian Conte Borges relata que em sua prática clínica, percebeu a necessidade desse trabalho. “Nosso paciente e sua família chegam em sua maioria em uma situação grave e sem poder entender ao certo o que está se passando, seja com ele ou com seu corpo. A sensação de estar caindo de paraquedas é comum a todos, sendo verbalizada muitas vezes. Punções, filtração de seu sangue por uma máquina e outros procedimentos farão parte de sua rotina, assim como a sua frequência na Nefrologia. Provavelmente ele terá que se afastar do trabalho e profissão, o que gostava de comer não poderá estar mais em sua geladeira, dentre tantas outras coisas. Desta forma é preciso considerar que aquilo que é corriqueiro para os profissionais, ainda não faz sentido algum para o paciente renal crônico”, esclarece Lilian evidenciando que por meio dessas vivências, a cartilha se torna um instrumento para auxiliar, humanizar ainda mais o cuidado e aproximar equipe, famílias e pacientes. Representando os pacientes com doença renal crônica, Ana Salete Vargas, que faz tratamento há dois anos e sete meses, fez questão de agradecer aos profissionais pela iniciativa. “A cartilha explica tudo, o que pode comer, a rotina e cuidados. Isso vai ajudar muito, principalmente os familiares. Agradeço muito esta equipe pois, quando descobri a doença eles me ajudaram muito. São ótimos profissionais e esta iniciativa mostra isso”.

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