A conscientização sobre os linfomas

Setembro faz um alerta para esse tipo de câncer

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A doença é caracterizada por manifestações clínicas que podem aparecer sem dor ou subitamenteA doença é caracterizada por manifestações clínicas que podem aparecer sem dor ou subitamente
A doença é caracterizada por manifestações clínicas que podem aparecer sem dor ou subitamente
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A medicina e os tratamentos têm evoluído muito no que diz respeito ao  câncer. Porém, um fator ainda é fundamental para o prognóstico positivo; o diagnóstico precoce. Por isso, muitas datas vêm sendo instituídas com o objetivo de divulgar sinais, sintomas e alertar a população. Nesta proposta, o 15 de setembro é o Dia Mundial da Conscientização sobre Linfomas, com programação durante todo o mês. Assim, na semana passada o Instituo do Câncer Hospital São Vicente promoveu uma aula sobre “Trombofilias”, com o renomado especialista Dr. Ricardo Helman, hematologista e hemoterapeuta do Hospital Albert Einstein. Conforme a hematologista Dra. Moema Nenê Santos, o linfoma é um tipo de câncer que atinge o sistema linfático, estrutura composta por gânglios linfáticos (linfonodos), espalhados por órgãos e tecidos como baço, amígdalas, medula óssea, estômago, intestino, fígado e pulmão. Essa estrutura faz parte do sistema imunológico, sendo que a doença é caracterizada por manifestações clínicas que podem aparecer sem dor ou subitamente.

Duas classificações

Moema explica, ainda, que o linfoma pode ser classificado em não Hodgkin e de Hodgkin. “O que diferencia são os marcadores e tipos de células malignas envolvidas. Os linfomas de Hodgkin são comuns em indivíduos na idade adulta jovem ou com mais de 50 anos. Já o linfoma não Hodgkin é frequente entre pessoas acima de 60 anos”, enaltece.  De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de casos novos de linfoma de Hodgkin estimado para os anos de 2016/2017 é de 2.470 casos, sendo 59% em homens e 41% em mulheres. Já em relação ao número de casos novos de linfoma não Hodgkin, são esperados para os anos de 2016/2017 10.240 casos, sendo 51% em homens e 49% em mulheres. 

Os sintomas

De acordo com os sintomas, o linfoma é caracterizado por alterações relacionadas ao órgão acometido ou pelo aumento indolor dos gânglios. “As principais manifestações são verificadas por meio de caroços no pescoço, nas axilas ou na virilha. Há situações em que o crescimento dos gânglios internos comprime órgãos, causando sintomas como tosse, falta de ar, sudorese noturna, febre, perda de peso e coceira e na dependência do sistema no organismo que está doente”, esclarece Moema, evidenciando ainda que como o aumento dos gânglios podem ser causados por vários outros tipos de doenças como infecções ou inflamações, sem relação com o linfoma, uma investigação complementar se faz necessária para o diagnóstico da doença. “Geralmente uma biópsia é o principal recurso para confirmar a doença. Outros exames são necessários para identificar os subtipos dos linfomas e as áreas do corpo afetadas e, assim, determinar o tratamento mais eficaz”.

Os tratamentos

O tratamento da doença, segundo Moema, dependente do subtipo de linfoma e seu envolvimento. “A maioria dos casos, porém, é tratada com quimioterapia associada ou não a imunoterapia, outros necessitam radioterapia. Hoje várias terapêuticas têm sido utilizadas, droga alvo, terapia celular e até mesmo o transplante de medula óssea podem ser aplicados para alguns casos”, destaca a hematologista, completando ainda que nos linfomas não Hodgkin,  o professor Bruce D. Cheson, da Georgetown University Hospital, relacionou o tratamento desta patologia na dependência da características de cada tipo de linfoma, pois existem vários tipos de ativação da célula doente, cancerosa e, desta forma a quimioterapia pode ser associada a imunoterapia para melhora da resposta bem como, novos medicamentos em paciente com doença recidivada ou refratária.

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