Como ocorrem a lordose e escoliose? A coluna vertebral possui angulações consideradas normais e saudáveis. Casos de lordose e escoliose apresentam desalinhamentos mais significativos e que interferem na qualidade de vida, explica o ortopedista do IOT, especialista em coluna, Dr. Fernando Lauda. A coluna vertebral ou espinha dorsal é constituída por pequenos ossos (vértebras) empilhados, juntamente com discos gelatinosos, um em cima do outro. Uma coluna saudável, quando vista de lado, possui curvas suaves que ajudam a espinha absorver o impacto dos movimentos. “Uma coluna normal vista de lado, tem curvaturas chamadas de cifose (vistas na região torácica e sacral) e lordose (na região cervical e lombar) que são normais dentro de certas angulações. Os cirurgiões de coluna consideram uma angulação de até 9° de desvio como fisiológico (normal)”, ressalta Lauda.
Curvaturas alteradas
De acordo com o ortopedista os desvios ou anomalias na coluna vertebral ocorrem quando estas curvaturas estão alteradas das angulações consideradas normais. As patologias mais comuns são a escoliose e a lordose. “De maneira bem simplificada, na lordose a curva da coluna é significativamente para dentro na parte inferior das costas; já na escoliose a curva é para o lado da sua espinha, geralmente em forma de S ou em forma de C”, esclarece o especialista. O médico explica que as causas destas patologias podem ser genéticas, devido a traumas e de origem desconhecida e que a prevenção possível é a atividade física, desde a infância, e a manutenção do peso, já que a obesidade pode trazer sérias complicações para a coluna. “A má postura é a principal causa das deformidades, mas isso não ocorre no caso de quem pratica exercícios físicos regularmente e conquista uma boa massa muscular. Também pode ser procurado o acompanhamento fisioterápico para ajudar na manutenção da postura adequada”, destaca.
Tratamento
Tratar dos desvios da coluna depende do tipo de doença e a sua gravidade, mas o diagnóstico e intervenção precoce são benéficos e podem ser realizadas através de exames de rotina. O especialista ressalta que, nas alterações patológicas rígidas e de alto grau pode ser indicado o tratamento cirúrgico, dependendo do desequilíbrio e das limitações que causam ao paciente. O tratamento conservador pode incluir fisioterapia e medicamentos específicos.