Um diagnóstico antecipado evita tratamentos mais agressivos e consequências estáticas. A explicação é da Dra. Júlia Pastorello, oncologista e coordenadora médica do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital da Cidade. O diagnóstico precoce do câncer de mama salva vidas, aumenta as taxas de cura em 95 a 98% dos casos, além de diminuir o impacto psicológico da doença, já que as cirurgias na mama são menores, mais conservadoras e com menor prejuízo estético para a paciente, além de expor a paciente a menos tratamentos sistêmicos. Muitas vezes, poupa a necessidade de quimioterapia ou tratamentos combinados com maior agressividade para o organismo da paciente.
Autoconhecimento e autocuidado
Além do exame clínico das mamas, que é realizado por um profissional da área da saúde, e dos exames de imagem indicados (mamografia, ultrassom de mamas e ressonância), o autoexame das mamas pode detectar lesões iniciais ou até mais tardias que não tenham sido diagnosticadas por outro profissional. Então, ele deve ser realizado todos os meses, sendo importante tanto para a autoestima da mulher e para conhecimento do seu corpo, quanto na prevenção de doenças, associado a outros métodos como o exame clínico e os exames de imagem.
Mulheres mais conscientes
O Outubro Rosa tem muito mais repercussão em termos de saúde e autocuidado do que o Novembro Azul. As mulheres se tornam mais conscientes e são muito participativas nos eventos de conscientização, palestras e seminários do que os homens. Os diagnósticos do câncer de mama se tornaram cada vez mais precoces e muitas doenças estão sendo diagnosticadas em estágio inicial. Com certeza, o Outubro Rosa se tornou um “clichê” de cuidado da mulher, é o momento em que a mulher pensa no seu cuidado, tanto em termos de saúde global como do câncer de mama em si. Acredito que seja a campanha de conscientização que mais repercute em termos de saúde.