O Outubro é Rosa

Uma campanha que está salvando vidas

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Nicoli Henn é médica oncologista no Hospital da CidadeNicoli Henn é médica oncologista no Hospital da Cidade
Nicoli Henn é médica oncologista no Hospital da Cidade
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 Agora, um mês do ano é cor-de-rosa graças a um movimento nascido na década de 1990: Outubro Rosa. A proposta é incentivar o controle do câncer de mama. É uma campanha exitosa, pois a cada ano ganha mais adesões. O laço cor-de-rosa, símbolo da campanha, foi além dos segmentos ligados à saúde. Há um engajamento da população à causa. Empresas dos mais variados setores também abraçam a luta contra o câncer de mama. O rosa da campanha está nas vitrines, nas ruas, no peito e, o mais importante, na consciência das pessoas. Isso porque agora o outubro é rosa. Realizado anualmente, o Outubro Rosa possui uma mobilização em nível mundial. Em Passo Fundo, referência nacional em saúde, a campanha tem crescimento constante e está atingindo seus objetivos.

A importância da campanha

A conscientização vem sendo muito positiva, como avalia a Dra. Nicoli Henn, oncologista no Hospital da Cidade. O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização universal especialmente voltada para mulheres para a realização de diagnóstico precoce e prevenção do câncer de mama. Essa campanha iniciou na década de 1990 e vem anualmente ganhando força e mudando histórias. Hoje em dia ainda a maioria dos casos de câncer de mama é descoberta pela própria paciente (autoexame ou de forma não intencional), mas para que a paciente tenha maiores chances de cura o ideal é que o tumor seja descoberto em fase muito inicial, especialmente quando ainda não é percebido nem mesmo pela paciente, somente pelo exame de rastreio. E é para isso que o movimento Outubro Rosa chama a atenção, para otimizar o cuidado com a própria mama, bem como para fazer os exames de rastreio indicados (mamografia especialmente).

Desafio

São cerca de 58mil novos casos de câncer de mama esperados por ano no Brasil, diagnosticados das mais variadas formas. A grande intenção e desafio é antecipar o diagnóstico para casos assintomáticos. Sem dúvida que o mês de conscientização mundial aumenta a procura por ajuda médica e pela realização de exames. Nós, profissionais da área, conseguimos perceber isso no dia a dia, especialmente na nossa região, em que as pessoas são bastante comprometidas com a sua saúde e procuram a informação que possa lhes ajudar, seja por meio de consultas médicas, pela leitura sobre o tema ou pela presença cada vez maior em palestras a respeito do assunto.

Fatores de risco

São muitos os fatores de risco para o câncer de mama, como explicou a médica Nicoli Henn. A causa da maioria dos casos de câncer de mama ainda é desconhecida e, na verdade, é considerada uma doença multifatorial, envolvendo fatores endócrinos, biológicos, vida reprodutiva e estilo de vida do paciente. Dentre os fatores de risco estão: ser mulher, envelhecer, ter história familiar de câncer de mama especialmente em paciente jovem, menarca (primeira menstruação) precoce, menopausa tardia, nuliparidade, ter o primeiro filho com mais de 30 anos, uso de terapia de reposição hormonal prolongada, exposição à radioterapia da parede torácica prévia, algumas doenças proliferativas benignas da mama, maior densidade mamária, consumo de álcool, obesidade, sedentarismo e a presença de mutações genéticas (BRCA1/2).

Prevenção da doença

Para a prevenção do câncer de mama é preciso saber que há fatores que não podemos controlar nem mudar, como o fato de ser mulher, a nossa história familiar e o nosso envelhecimento.  Já há outras escolhas que podemos fazer e que irão nos favorecer reduzindo o risco de desenvolver o câncer de mama, como por exemplo, a opção por uma dieta saudável, por não ser sedentário, por não ser obeso ou com sobrepeso, a não ingesta de bebidas alcoólicas, a não utilização de reposição hormonal prolongada, e em caso de ter filhos, a escolha por amamentar protege a mulher deste câncer.  Como dito anteriormente, é uma doença multifatorial e se optarmos por não acumular fatores de risco, colheremos uma menor chance de apresentar o câncer no decorrer da nossa vida.

 

 

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