Convulsão febril é fenômeno da primeira infância

Geralmente ocorre em crianças pequenas devido a alguma infecção

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A Dra. Wania Eloisa Ebert Cechin é pediatra do corpo clínico do HSVP, coordenadora do Programa de Residência Médica em Pediatria da UFFS/HSVP e professora da UPFA Dra. Wania Eloisa Ebert Cechin é pediatra do corpo clínico do HSVP, coordenadora do Programa de Residência Médica em Pediatria da UFFS/HSVP e professora da UPF
A Dra. Wania Eloisa Ebert Cechin é pediatra do corpo clínico do HSVP, coordenadora do Programa de Residência Médica em Pediatria da UFFS/HSVP e professora da UPF
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 A febre, mesmo comum na infância, é sempre motivo de preocupação. Pode ser um sintoma de infecções ou inflamações, mas em alguns casos pode conduzir à convulsão febril ou crise convulsiva febril. A Dra. Wania Eloisa Ebert Cechin, pediatra do corpo clínico do Hospital São Vicente de Paulo, explica que os infectologistas estabelecem os seguintes limites para caracterizar a febre: de 37,3º C a 37,8º C chama-se febrícula e acima de 37,8º C chama-se febre. Já a quadro da convulsão febril é outro. A convulsão febril é um tipo de convulsão generalizada com sintomas de perda da consciência da criança, abalos generalizados nos braços e pernas, virada dos olhos para cima e dificuldade de respiração que costuma durar poucos minutos. Geralmente ocorre em crianças pequenas, associadas à elevação rápida da temperatura corpórea (febre) devido a alguma infecção.

 

Como identificar uma convulsão febril?

Geralmente ocorrerá perda da consciência da criança, abalos de braços ou pernas, virada dos olhos para cima e dificuldade de respiração.

Qual o procedimento diante de uma crise convulsiva febril?

Primeiramente mantenha a calma, deite a criança e apoie sua cabeça numa superfície macia, virando-a para o lado, para que alguma secreção saia pela boca naturalmente durante o ataque, e não obstrua a sua respiração. E necessário pedir a alguém ou você mesmo para contar o tempo que durará a crise. Esta é uma importante informação para o médico. E assim que possível encaminhe-se para um setor de emergência pediátrica.

 Quais são os fatores de risco?

O baixo limiar do córtex cerebral em desenvolvimento, a susceptibilidade da criança às infecções, a propensão a ter febre alta, além do componente genético afetando o limiar convulsígeno, sa??o fatores que se combinam e justificam porque a convulsão febril é um feno?,meno da primeira infa?,ncia.

 A convulsão febril pode estar associada à meningite ou encefalite?

Geralmente a convulsão febril está associada a um quadro infeccioso, então essas patologias entram no diagnóstico diferencial.

 A convulsão febril deixa sequelas?

A convulsão febril é entidade de caráter benigno. O projeto perinatal colaborativo nacional (NCPP) avaliou e seguiu até a idade de sete anos, 1.706 crianças que tiveram convulsões febris, constituindo o maior estudo já realizado sobre o tema. Nenhum óbito foi atribuído à CF assim como não houve sequelas motoras permanentes. As convulsões febris também não se associaram a risco aumentado de prejuízo intelectual.

 E pode aumentar o risco de desenvolver epilepsia?

A epilepsia pode acontecer numa pequena porcentagem de crianças com convulsão febril. A chance de epilepsia na populaça??o que apresenta CF é um pouco mais alta que a esperada para a populaça??o em geral, ficando ao redor de 2% a 7% em acompanhamento a longo prazo.

  

 

 

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