A mão é essencial na vida de qualquer ser humano e sentir dor nesta parte da anatomia pode atrapalhar significativamente a rotina, principalmente o sono. De acordo com o ortopedista Dr. Antônio Severo, especialista em Cirurgia da Mão e Microcirurgia da Clínica IOT, a Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia comum, principalmente em mulheres, numa proporção de seis para cada homem. Explica que são atendidos em média 60 pacientes por ano, aproximadamente 40 casos passam por cirurgia. A patologia ocorre devido à compressão de um nervo chamado mediano, localizado no punho, o que afeta a mão e até o braço. “Esta neuropatia ocorre no punho, onde o nervo mediano passa abaixo de um ligamento chamado ligamento transverso do carpo em conjunto com nove tendões flexores”, explica o médico especialista.
Mão dormente
De acordo com Severo os pacientes com a síndrome queixam-se que a mão está constantemente dormente, muitas vezes há o relato de que acordam a noite com dor, formigamento, entorpecimento nos dedos, principalmente no polegar, indicador, médio e anular. “Ao realizar afazeres como dirigir por longo período ou em atividades que exigem repetição, os pacientes queixam-se de dor ou desconforto no antebraço, braço até ao ombro”, esclarece o ortopedista. São diversas as causas da síndrome, dentre elas: fratura e luxação de punho, endocrinológica (gravidez, diabetes, tireoide), tumoral, ocupacional, reumatoide (artrite reumatoide e outras) e sistêmica (amiloidose).
Prevenindo
A primeira boa notícia é que a síndrome pode ser prevenida. “É possível prevenir com atividade física diária, intervalos com exercícios de alongamentos para quem realiza atividades de repetição, tratamento de doenças de base como fratura, diabetes, artrite reumatoide, tumor, etc….”, revela o especialista.
Tratamentos são muito eficazes
A segunda boa notícia é que os resultados do tratamento, tanto conservador quanto cirúrgico, são excelentes. “Os resultados são fantásticos. A dor noturna que incomoda o paciente já some na primeira noite, o que melhora muito a qualidade do sono e de vida das pessoas. Isso é o que os pacientes mais relatam”. O ortopedista comenta que a orientação ao paciente com a síndrome crônica e grave, com perda neural (oito meses ou mais de sintomas) é que a sensação de formigamento poderá persistir de forma tênue ao longo da vida, devido à demora de um diagnóstico e tratamento. “Mesmo assim a dor noturna é eliminada”, frisa.
(matéria completa em nossa edição impressa)