Do Outubro Rosa ao Novembro Azul, mais do que um salto no calendário, vivemos duas campanhas da maior importância para a saúde: o combate ao câncer de mama e ao câncer de próstata. Se no mês passado a conscientização foi direcionada às mulheres, agora o alvo são os homens. A campanha rosa é mais antiga, mas a azul vem consolidando-se no mundo. As duas propostas estão cada vez mais em evidência, ganhando espaços para desmistificar e esclarecer. Os laços cor-de-rosa ou azuis marcam simbolicamente as duas campanhas. Além do segmento da saúde, as campanhas ganham a participação de empresas, entidades e, o mais importante, da população. Trocam os meses, mudam as cores. Mas o objetivo é o mesmo: salvar vidas.
A próstata
No azul de novembro, dia 17 marca o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Em Passo Fundo a campanha já está em andamento. Então, vamos aproveitar para conhecer mais sobre o câncer de próstata com o Dr. Nicolas Lazaretti. Inicialmente, o oncologista do Instituto do Câncer Hospital São Vicente, explica que a próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que produz e armazena parte do fluido seminal, cujo é fundamental no processo da reprodução humana. Câncer de próstata é o segundo tumor mais comum em homens, perdendo apenas para os tumores de pele.
Fatores de risco
Os fatores de risco incluem idade avançada (acima de 50 anos), histórico familiar da doença (familiares de primeiro grau acometidos pela doença), fatores hormonais e ambientais e certos hábitos alimentares como dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas, sedentarismo e excesso de peso. Homens da raça negra constituem, também, um grupo de maior risco para desenvolver a doença, quando comparados com os da raça branca.
Principais sintomas
A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e hematúria (presença de sangue na urina). Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.
Diagnóstico
O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio do exame físico (toque retal) e do exame laboratorial (dosagem sanguínea do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais e de imagem para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.
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