Fissura Labiopalatina requer tratamento precoce

O popular lábio leporino tem origem no período embrionário

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Renato Sawazaki é cirurgião-dentista, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais; Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em CTBMF e coordenador do Programa de Residência Profissional em CTMBF ?EUR" UPF/SMS/HCPF.Renato Sawazaki é cirurgião-dentista, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais; Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em CTBMF e coordenador do Programa de Residência Profissional em CTMBF ?EUR" UPF/SMS/HCPF.
Renato Sawazaki é cirurgião-dentista, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais; Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em CTBMF e coordenador do Programa de Residência Profissional em CTMBF ?EUR" UPF/SMS/HCPF.
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O lábio leporino é uma fissura de origem embrionária. Atualmente o termo mais adequado é fissura labiopalatina, como explica o Dr. Renato Sawazaki, cirurgião-dentista, especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofaciais no Hospital da Cidade. As fissura labiopalatinas são consideradas defeitos de fechamento de estruturas embrionárias. Durante o período embrionário (gestação), a nossa face é formada por estruturas denominadas arcos branquiais, possuímos sempre aos pares, são simétricos e se unem no centro do rosto. No entanto, na fissura labiopalatina ocorre um defeito nesta união, fazendo a característica de fissura que pode se estender no lábio, palato (céu da boca) e palato mole. A sua ocorrência chega a 1 para cada 650 nascimentos. Sabemos que esta questão é temida pelos pais, por todas as deficiências e limitações sociais que ela pode causar. No entanto, uma criança tratada de forma adequada pode ser desenvolver de forma muito próxima do ideal desde que o diagnóstico e tratamento sejam iniciados precocemente.

Genética e hábitos

A fissura labiopalatina é uma junção de herança genética e hábitos errados durante a gestação. A questão genética pode ser planejada. Se você tem parentes consanguíneos próximos portadores, é indicado um aconselhamento genético com um médico geneticista e, portanto, uma gravidez planejada. Por outro lado, hábitos incluindo o consumo de álcool, cigarro e alguns medicamentos como corticoides e anticonvulsivantes, especialmente no primeiro trimestre de gestação potencializam a predisposição genética do feto à fissura labiopalatina. O diagnóstico ocorre ainda na fase de gestação, através dos exames de imagem (como o ultrassom) nas consultas pré-natais programadas. Isto reforça a importância deste tipo de acompanhamento simples, barato e que pode identificar e iniciar os cuidados de inúmeras patologias precocemente.

(Matéria completa em nossa edição impressa)

 

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