A obesidade é um problema de saúde pública. De acordo com a Organização Mundial de Saúde dobrou em mais de 70 países em 35 anos. O Brasil acompanha este crescente, tendo hoje, mais de 50% da sua população com excesso de peso, entre sobrepeso e obesidade, sendo que a região sul é o lugar com mais casos. Conforme a nutricionista do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, Aline Calcing, a obesidade aumenta o risco de doenças cardiovasculares, que é hoje uma das principais causas de morte entre a população brasileira. Além, de ser a principal causadora de outras doenças crônicas como hipertensão, diabetes tipo II, esteatose hepática, doenças cardiovasculares, apneia do sono, entre outras. “Pessoas mais sedentárias, ansiosas, com alimentação baseada em comidas industrializadas, ricas em sal e gordura, refrigerantes, doces em excesso, associado ao baixo consumo de frutas, verduras, grãos, carnes magras, tentem a ter mais sobrepeso e consequentemente, serem obesas”, explica a especialista, pontuando que a prevenção deste problema de saúde passa por uma mudança cultural, educacional e comportamental.
IMC
O diagnóstico da obesidade, segundo Aline, se faz a partir de um cálculo matemático chamado de Índice de Massa Corporal (IMC), onde divide-se o peso do indivíduo pela altura ao quadrado, obtendo-se um resultado que classifica a pessoa em diversos graus de magreza, peso normal (eutrofia), sobrepeso (ou pré-obeso), obesidade grau I, obesidade grau II e obesidade grave. “Quanto maior o IMC, maiores as complicações de saúde do indivíduo. Métodos combinados como circunferência abdominal, também pode ser utilizada”, conclui, ressaltando que uma vez diagnosticada a necessidade de perda de peso, o tratamento da obesidade, em algumas situações, deve envolver outros fatores além da alimentação. “Dependendo do grau, a obesidade deve ser tratada por diversos profissionais, envolvendo o cuidado emocional, prática de exercício físico, alimentação saudável e em alguns casos, quando prescrito por médico especialista, o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Mas cada caso é único e deve ser avaliado com cautela, por uma equipe de profissionais habilitados para cada tratamento”, orienta a profissional.
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