A gravidez exige cuidados especiais. Os recém-nascidos também. Mas, ao mesmo tempo, necessitam de proteção especial diante do sol e dos insetos. No verão os cuidados devem ser ainda maiores. Porém, alguns produtos podem ser prejudiciais durante a gravidez ou nos primeiros meses de vida. A Dra. Mauren Bauermann, médica dermatologista que atua no Hospital da Cidade de Passo Fundo, indica os cuidados que as gestantes devem ter em relação ao uso do protetor solar e do repelente. A utilização de produtos mais apropriados é necessária para proteger a saúde da mamãe e do bebê.
Proteção solar e gestação
A proteção solar se tornou uma ferramenta necessária para manter a saúde da pele diante dos efeitos dos raios solares. Durante a gestação, devido a fatores hormonais, os melanócitos - células produtoras de pigmento - aumentam sua atividade, levando a um maior risco de pigmentação em resposta à exposição de raios solares, podendo contribuir para o aparecimento de melasma e outras manchas. Orienta-se que gestantes deem preferência ao uso de protetores físicos (sem aditivos químicos potencialmente danosos). Ainda, por se tratar de uma condição que é capaz de alterar o sistema imune da mulher, há um maior risco de desenvolvimento de câncer de pele nas pacientes continuamente expostas ao sol.
Repelentes e gestação
O uso de repelentes na gravidez é considerado seguro e indicado pelo Ministério da Saúde, devido ao risco de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypiti - como zika, dengue e chikungunya. Os repelentes capazes de afastar o mosquito contêm substâncias como o DEET, e neste caso a concentração dessa substância deve ser de 10 a 50%.
Proteção solar em bebês
Os cuidados em relação à exposição solar nos primeiros anos de vida são de grande importância. Estudos sugerem que lesões malignas da pele são determinadas principalmente pela exposição ocorrida na infância. A recomendação para o uso de protetores solares para o bebê se dá a partir dos seis meses idade, para evitar o risco de intoxicações ou alergias.
Repelentes em bebês
A mesma situação ocorre com os repelentes para as crianças- alguns liberados a partir dos seis meses e outros somente após os dois anos de idade, pelo risco de reações alérgicas ou intoxicações. Até os dois anos, usualmente recomendam-se repelente a base de IR3535. Somente após os dois anos, substâncias como DEET podem ser utilizadas, em uma concentração de até 10%.