Com um grande número de casos em 2016, a Caxumba afetou ainda mais pessoas no ano de 2017. A 6ª Coordenadoria Regional da Saúde, que tem sede em Passo Fundo e abrange outros 32 municípios, registrou o maior número de ocorrências em todo o estado – superando até mesmo a região Metropolitana de Porto Alegre. Foram 1.702 casos registrados pela 6ª CRS, o que representa uma média de 185 casos para cada 100 mil habitantes - número cresceu aproximadamente mais de 30% em relação a 2016 (1.124). A conta fica ainda mais preocupante se comparada com 2015, onde apenas 33 pessoas foram identificadas com Caxumba na região.
Para prevenir a doença, a Coordenadoria Regional da Saúde de Passo Fundo aconselha que a população realize a vacina Tríplice Viral, que protege contra Caxumba, Sarampo e Rubéola. A vacina está disponível para a população em todas as unidades de saúde da cidade. Para pessoas com até 29 anos de idade, são recomendadas duas doses da Tríplice Viral. Acima desta faixa etária, a segunda etapa não é necessária. A justificativa dada para o aumento demasiado nos últimos anos é que, na região, as pessoas comunicam a CRS quando contraem a doença e vão a médicos particulares. Segundo a coordenadoria de imunizações da 6ª CRS, isso não é tão comum em outros locais.
A doença
Os principais sintomas da Caxumba são febre e dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares. Porém, a doença viral aguda também pode se manifestar através de dor e inchaço nos testículos e na região dos ovários, rigidez na nuca, náuseas, vômitos, dor de cabeça e no abdômen superior – quando um destes sintomas for diagnosticados é recomendado procurar um médico imediatamente. A transmissão da Caxumba acontece através da saliva, no período de dois antes de aparecerem o sintomas até 9 dias depois da constatação.