Mês de conscientização contra o câncer cervical

Para a Sociedade Brasileira de Patologia a tabela do SUS ainda é impasse

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Janeiro alerta para o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, o do colo de útero (ou câncer cervical). Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a estimativa era de que em 2017 mais de 16 mil novos casos da neoplasia fossem descobertos. O rastreio dessa neoplasia é feito por meio do exame, popularmente conhecido como Papanicolaou. A descoberta precoce do tumor resulta em maiores chances de cura. Apesar disso o procedimento de rastreio permanece subvalorizado. Os laboratórios de anatomia-patológica, sejam próprios ou conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), são os responsáveis pela análise de amostras coletadas e pela emissão do diagnóstico citológico que serve como base para a definição dos próximos passos na luta contra o câncer no sistema público. Esses exames são pagos pelo sistema público aos laboratórios com base na tabela do SUS, que com valores defasados permite ao Estado pagar um preço abaixo da despesa total do procedimento.

 

Obstáculo da saúde
“O valor pago pelo SUS para o exame Papanicolaou é de apenas R$ 6,97. É dessa soma que deve sair o custo dos materiais de análise, de higiene, que isoladamente custam cerca de R$14, e ainda há a taxa de serviço do especialista. É por razões como essa que a Tabela do SUS precisa ser encarada como um dos principais obstáculos da saúde no Brasil”, alerta o Dr. Clóvis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia. “A defasagem da tabela do SUS indica uma cadeia de procedimentos, instituições e profissionais que, ao serem remunerados inadequadamente, sentem o prejuízo e deixam de servir ao sistema público, o que não é diferente com os médicos patologistas”, finaliza Klock.

 

Atenção à otite externa

Água no ouvido causa a popular otite de nadador

Conhecida como otite de nadador, a otite externa ocorre geralmente por infecções causadas por bactérias ou microorganismos que entram em contato com o ouvido através de água contaminada ou lesões na pele, provocadas por objetos utilizados para secar e limpar o ouvido, por exemplo. “Agora no verão é muito  frequente entrar água no ouvido, por conta dos banhos de mar e piscina, o que pode causar muitos sintomas desagradáveis, e até mesmo infecção no ouvido externo. Se o ouvido com água começar a doer, pode sinalizar que uma infecção conhecida como "otite de nadador" tenha se desenvolvido.” esclarece a médica otorrinolaringologista do Hospital da Cidade, Thaís Marques da Costa. O principal sintoma da otite é a dor de ouvido, sua incidência aumenta durante os meses de verão, principalmente em crianças que passam muito tempo em contato com a água (mar, piscina, banhos). “Caso  apareçam sintomas como secreção que sai do ouvido, dores de ouvido que se intensificam quando puxamos a orelha e coceira persistente no ouvido, é importante consultar imediatamente um médico otorrinolaringologista.”
 

Para prevenir a otite
 
- Usar protetor auricular ou tampão de ouvido é uma das alternativas mais eficazes.
- Secar bem os ouvidos após nadar, mergulhar ou após o banho, com  uma toalha fina na ponta do dedo indicador.
- Direcionar um secador na menor velocidade, a dois palmos de distância do ouvido para secar a água.
- Evitar nadar e mergulhar em águas poluídas.
- Nunca introduzir cotonetes, grampos ou outros objetos no canal externo do ouvido.
- Não introduzir materiais contaminados no ouvido, como leite, plantas, urina...
- Nadadores com otite externa recorrente não devem se esquecer dos protetores auriculares e de secar bem os ouvidos.
- Nunca pingar nada no ouvido além dos remédios recomendados pelo seu médico.
- Procurar sempre um otorrinolaringologista quando tiver dor de ouvido.

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