Passo Fundo tem nove casos suspeitos de dengue

Quatro notificações deram negativo para a doença. As demais seguem em análise no laboratório de saúde do RS, em Porto Alegre

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Passo Fundo registrou mais um caso com suspeita de dengue nesta terça-feira (30). Com a notificação desta semana, já são nove casos durante o ano. Destes, quatro deram negativos no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen). Outros cinco ainda estão em análise, em Porto Alegre. Os resultados podem demorar até 30 dias, conforme a chefe do Núcleo Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin.


Somente um paciente segue internado, os demais já estão estáveis. Os casos foram notificados nos bairros Integração, Vitor Issler e Boqueirão. Conforme informações da Secretaria Estadual da Saúde, em todo o ano de 2017 foram notificados 19 casos. Nenhum deles foi confirmado. “A gente faz o monitoramento do local, do paciente e delimitação de foco para ver se há Aedes Aegypti na residência do caso suspeito. A gente sempre espera que o resultado seja negativo, mas nós trabalhamos considerando todas essas notificações como positivas até receber o resultado”, pontua Ivânia sobre o trabalho de vigilância.


A principal orientação é para que a população não deixe água parada. A chefe do Núcleo destaca que além de transmitir dengue, febre Chikungunya e Zika Vírus, o Aedes Aegypti – que está presente em Passo Fundo – também é transmissor da febre amarela urbana. “Uma preocupação a mais para que a população elimine todo e qualquer depósito de água parada”, enfatiza.


Febre amarela
Até a última semana, o Rio Grande do Sul não apresentada casos de febre amarela. A informação foi divulgada no dia 26 de janeiro pela Secretaria da Saúde (SES). Também não havia confirmação de dengue, febre Chikungunya e Zika Vírus no estado. Este ano, já foram notificados dois casos suspeitos de febre amarela no RS, em residentes de Portão e Dois Irmãos. Ao longo de 2017, foram 42 casos suspeitos, todos com resultado negativo para a doença. Desde 2009, o Rio Grande do Sul não registra casos confirmados de febre amarela silvestre. Em áreas urbanas, a circulação não ocorre desde 1942.


Também não há registros da doença entre os macacos, que são um indício da presença do vírus. Somente no ano passado foram coletadas amostras de 50 animais mortos em área silvestre, dos quais 45 já foram descartados e cinco ainda seguem em investigação. De 2009 (ano em que foram confirmados os últimos casos) até 2016, já foram analisadas amostras de 81 primatas mortos, todas com resultado negativo. A presença desses animais é a principal forma de perceber a chegada da febre amarela, antes dela atingir as pessoas. Por isso, é preciso proteger os macacos, que são considerados sentinelas e são o alarme para a ocorrência do vírus.

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