Passo Fundo está entre os 143 municípios brasileiros selecionados pelo Ministério da Saúde para testar a resistência de larvicidas utilizados no combate a larvas e o mosquito Aedes aegytpi. Segundo a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, serão instaladas 150 ‘ovitrampas’, armadilhas que serão distribuídas em todos os bairros da cidade. As larvas e os mosquitos pegos nestas armadilhas serão encaminhados ao Laboratório Central da Capital que, por sua vez, vai enviar à Fiocruz, responsável por fazer as testagens. Com esta pesquisa, o Ministério da Saúde quer verificar se os produtos utilizados para combater larvas e mosquitos Aedes aegypti são eficientes ou não.
O Núcleo de Vigilância Ambiental de Passo Fundo utiliza o Sumilarv para o combate às larvas e o Malathion, para os mosquitos na fase adulta. A testagem terá duração de dois meses. Ela é feita pelo MS a cada cinco anos e esta é a primeira vez que Passo Fundo está entre as cidades escolhidas.
Índice de infestação
O índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti em Passo Fundo é considerado de nível médio. O último Levantamento Rápido de Infestação (Lira), realizado em outubro do ano passado, registrou redução 5,5 (em março) para 2,7. Isso representa que a cada 10 casas visitadas, 2,7 tem presença da larva ou do mosquito. Até o ano passado, os municípios eram obrigados a realizar dois levantamentos. A partir deste ano, serão quatro levantamentos para medir de forma mais eficiente a presença do mosquito que é causador de doenças como dengue, chikungunya e zika.
Resistência
Ivânia Silvestrin, que comanda uma equipe de 16 pessoas no Núcleo de Vigilância Ambiental, diz que o maior problema continua sendo a resistência de alguns moradores em permitir que os agentes façam a verificação e orientem a manter os espaços limpos e sem água parada. No caso de a resistência persistir, o Núcleo faz a notificação do proprietário para que ele providencie as mudanças adequadas e se isso não for cumprido, então é aplicada uma multa que pode variar de R$ 300 a R$ 4 mil, dependendo da gravidade do caso. No ano passado a vigilância emitiu 14 notificações e aplicou três multas. De um modo geral, segundo Ivânia, depois de notificados, os proprietários costumam fazer as adequações.