Crises de cálculo renal aumentam no verão

Falta de líquido causa desequilíbrio que propicia formação de pedras

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Água: consumo deve aumentar no verãoÁgua: consumo deve aumentar no verão
Água: consumo deve aumentar no verão
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As crises de cálculo renal aumentam no verão. A Dra. Natalia Bassani Schuch, que atua com Medicina Interna e Nefrologia no Hospital da Cidade de Passo Fundo, explica que os cálculos renais são decorrentes de um desequilíbrio entre a quantidade de água e solutos filtrados do sangue pelo rim para formação da urina. No verão, as temperaturas são mais elevadas, o que leva a uma maior transpiração (suor) pela pele, refletindo uma necessidade maior de ingestão de líquidos para manter o equilíbrio de solventes na urina, a fim de não ocasionar a formação de pedras.

 

Cuidados
Quando os cálculos são formados devido à falta de solvente (a água), existe a necessidade de tornar a ingestão de água um hábito. Recomenda-se uma ingestão de cerca de 1,5 l/dia de água, podendo esse valor aumentar no verão, quando há altas temperaturas, em pessoas com suor excessivo ou naquelas que praticam muitos exercícios físicos. A ingestão excessiva de sal (sódio) está diretamente relacionada a um aumento da formação dos cálculos devido a uma maior excreção pelo rim de cálcio nesses casos. Deve-se, portanto, evitar a ingesta excessiva de sódio - alimentos industrializados, refrigerantes ou temperos à base de sal. No entanto, existem os fatores genéticos/hereditários que podem estar relacionados na gênese do problema. Neste caso há a necessidade de se realizar investigação com um nefrologista ou urologista para identificar a causa e realizar o tratamento necessário para evitar o surgimento de pedras.

 

Fatores de risco
Os principais fatores de risco em nosso meio são o consumo excessivo de sal e a falta da ingestão de água. Recomendamos sempre revisar nossos hábitos para otimizar a saúde dos rins. Entre pessoas que existem fatores genéticos, dependendo de cada caso, existe um controle conforme a necessidade de cada paciente - por exemplo, redução do consumo de cálcio suplementar, de alimentos ricos em oxalato ou purinas (em cálculos de ácido úrico).


 
Maior incidência
Com relação às doenças renais com maior incidência no Rio Grande do Sul, Natalia explica que hoje sabemos que as relacionadas com os hábitos de vida são as mais prevalentes no mundo inteiro. Consideramos neste grupo a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus como as principais, devido ao maior consumo de alimentos hipercalóricos, ricos em conservantes à base de sódio e pouco nutritivos. Ambas as patologias estão entre as principais causas de doenças renais, refletindo uma incidência e prevalência semelhantes no mundo inteiro. Essas enfermidades são crônicas e, na maior parte dos casos, silenciosas, causando diagnósticos tardios e com lesões graves já estabelecidas nos rins. Isto se relaciona com a importância de se manter hábitos de vida saudáveis e controles rotineiros de saúde. Podemos citar outras doenças que são muito comuns na prática diária de atendimentos, como a litíase renal, as infecções urinárias e os cistos renais, estes últimos com grande componente genético associado, porém que necessitam acompanhamento crônico devido às doenças em outros órgãos associadas.

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