De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), no Brasil há 65 mil pessoas com lúpus. Destes, 90% dos casos são mulheres. Acredita-se que uma em cada 1.700 mulheres brasileiras tenha a doença. Por ser uma doença do sistema imunológico, responsável por nos defender contra infecções e também pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação. De acordo com o reumatologista Dr. Fábio Batistella, a pessoa pode apresentar diferentes sintomas em várias áreas do corpo, como rins, coração e sistema nervoso central. “Os anticorpos que deveriam nos proteger acabam atacando o organismo e causando inflamações nas células, tecidos e órgãos”.
Fatores
A causa da doença ainda é desconhecida pelos médicos, entretanto, existem fatores genéticos, hormonais e ambientais que influenciam o surgimento do lúpus. É importante destacar que ele não é contagioso, pois essa é uma doença autoimune. “A doença pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, principalmente entre 20 e 45 anos. O que pode contribuir para o aparecimento da doença para aqueles que já têm predisposição são algumas infecções virais ou bacterianas, medicamentos e exposição solar”, esclarece o médico.
Diagnóstico e tratamento
O lúpus pode apresentar diversos sintomas, o que dificulta a sua identificação. Os sintomas mais comuns são dores articulares, febre, baixa produção de urina e, de uma hora para outra, o paciente pode apresentar diversas lesões na pele quando se expõe ao sol, o que chamamos de fotossensibilidade. Essa vermelhidão ocorre principalmente na face, mais especificamente nas maçãs do rosto. Nos últimos anos, a sobrevida do paciente com lúpus tem sido cada vez maior. “É importante ressaltar que a pessoa com lúpus pode ter uma vida normal. Ela necessita ter alguns cuidados básicos, como evitar exposição excessiva ao sol, não fumar, tomar cuidado com a taxa de colesterol, fazer atividade física e seguir o tratamento adequadamente”, aconselha o reumatologista.