O perigo das fraturas causadas pela fragilidade óssea

Os ossos quebrados podem causar dores severas, deficiências graves e até a morte

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De acordo com a Fundação Internacional da Osteoporose (IOF – International Osteoporosis Foundation em inglês) a osteoporose ocorre quando a massa óssea diminui mais rapidamente do que a capacidade do corpo de substituí-la, levando a uma perda substancial da força do osso: assim esqueleto se torna frágil, de modo que até uma leve pancada ou queda podem ocasionar a fratura de um osso. Ainda de acordo com a Fundação, a cada três segundos, em algum lugar do planeta, ocorre uma fratura decorrente da fragilidade nos ossos causada pela doença. Isso significa quase 25 mil fraturas por dia ou nove milhões por ano. O ortopedista Dr. Vinícius Canello Kuhn coordena junto à Clínica IOT um serviço que objetiva o tratamento e prevenção das fraturas da osteoporose. O serviço tem o nome de Osteotrati e funciona em rede com o Hospital São Vicente de Paulo obedecendo aos protocolos de tratamento preconizados pela IOF.

 

Indolor e silenciosa
“O problema é que a osteoporose é uma doença silenciosa e indolor, que só passa a apresentar sintomas após a fratura ocasionada pela fragilidade óssea já instalada. Assim, a melhor forma de diagnosticar a patologia com eficiência é o trabalho em rede pelas instituições de saúde e pelos profissionais da ortopedia que, ao verificarem sintomas ou sinais da osteoporose, já encaminham o paciente para o serviço especializado evitando a ocorrência de fraturas”, explica o médico.


A osteoporose afeta todos os ossos do corpo, embora as fraturas ocorram com mais frequência na coluna, nos punhos e no quadril. Também são comuns fraturas osteoporóticas da pélvis, dos braços e da parte inferior da perna. Para que se tenha uma ideia da gravidade, a IOF revela que os ossos quebrados podem causar dores severas, deficiências graves e até a morte. Tanto fraturas de quadril quanto da coluna estão associadas a um risco mais elevado de morte — 20% das pessoas que sofrem uma fratura de quadril morrem dentro do período de seis meses após a fratura.

 

Diagnóstico e prevenção
De acordo com o ortopedista, para evitar o aparecimento da primeira fratura, é realizado um rastreamento com avaliação clínica, exames laboratoriais e a realização de uma densitometria óssea, que quantifica a massa óssea presente em certas regiões do corpo. “Com isso será estimado o risco individual de ocorrer uma fratura nos próximos anos, indicando o tratamento adequado para a prevenção primária, ou seja, antes de acontecer uma fratura”, frisa o médico. Apesar disso, o próprio paciente pode buscar acompanhamento médico caso apresente sintomas ou se encaixe nos fatores de risco. Vínicius esclarece que se encaixam nos grupos de risco: mulheres após a menopausa ou homens acima de 50 anos, que apresentem algum fator como uso de corticoides, histórico familiar de fraturas por osteoporose, doenças reumáticas, tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição solar insuficiente, doenças crônicas e o uso de certos medicamentos. Porém, é recomendado que todas as pessoas acima de 65 anos realizem o rastreamento para evitar fraturas e suas complicações. As fraturas por fragilidade são comuns: uma a cada três mulheres com mais de 50 anos sofrerão uma, assim como um a cada cinco homens. Por isso também é essencial que os pacientes e sua família tenham cuidados práticos em casa para evitar as quedas. O médico cita: a utilização de sapato antiderrapante e firme no pé; iluminação adequada e acessível nos cômodos; banheiro com corrimão ou materiais antiderrapantes; retirar os tapetes; garantir o uso de óculos de grau em pacientes com indicação; colocar apoio perto da cama e também no sofá.

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