A data de 20 de março foi instituída pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia como Dia de Atenção à Disfagia para alertar à população sobre as implicações da Disfagia. Por isso, para marcar a data a equipe de Fonoaudiologia do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, em parceria com o curso de Fonoaudiologia da Universidade de Passo Fundo (UPF), realizaram nos dias 16 e 17 de março, triagens para detecção de risco para disfagia em 10 unidades de internação do hospital.
Avaliação
A atividade avaliou 166 pacientes e a equipe encontrou 43,98% de risco para disfagia, sendo 24,7% baixo risco e 19,28% de alto risco. Conforme a fonoaudióloga do HSVP, Sabrina Reginato, as alterações da deglutição são diagnosticadas e tratadas conjuntamente por médicos, enfermeiros, nutricionistas e, fundamentalmente, fonoaudiólogos, que são os profissionais aptos ao trabalho específico da função. “A disfagia não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindível a orientação e tratamento adequados, pois além de provocar problemas emocionais e isolamento social, traz consequências tais como: desidratação, desnutrição e pneumonia, podendo chegar ao óbito”, enfatizou a profissional, alertando ainda que a “atenção e o auxílio a pessoas com dificuldades em engolir são importantes para diminuir as complicações provocadas pela disfagia
Sintomas
Os sintomas da disfagia são tosse frequente durante ou após comer e beber, engasgos, sensação de alimento parado na garganta e dificuldade ou lentidão durante a alimentação. “Os principais fatores de risco são prematuridade, doenças neurológicas, traumas de face, câncer de cabeça e pescoço e envelhecimento”, explica Sabrina, salientando que o fonoaudiólogo estuda, previne e trata os distúrbios da deglutição, atuando de forma precoce, ainda na beira do leito, de forma preventiva, intensiva, pré e pós-cirúrgica, evitando ou minimizando as pneumonias aspirativas, promovendo uma recuperação mais rápida e completa.