Conjuntivite aumenta no outono

Em Passo Fundo as variações de temperatura ampliam a incidência

Por
· 1 min de leitura
Dr. Eduardo Ventura, é oftalmologista, preceptor da Residência Médica em Oftalmologia do HSVPDr. Eduardo Ventura, é oftalmologista, preceptor da Residência Médica em Oftalmologia do HSVP
Dr. Eduardo Ventura, é oftalmologista, preceptor da Residência Médica em Oftalmologia do HSVP
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

No outono vivemos os contrastes da temperatura, com manhãs e noites frias e calor ao meio-dia. Também há uma variação das condições de um dia para o outro, além de predomínio da baixa umidade. Essas oscilações favorecem a ocorrência de algumas doenças. Uma delas é a conjuntivite. Oftalmologista do Hospital São Vicente, o Dr. Eduardo Ventura, Fellow em doenças externas oculares e córnea, explica que a conjuntiva, membrana que reveste externamente o olho humano, pode se contaminar pelo contato com agentes nocivos, bactérias vírus fungos produtos químicos. Nesta situação ela pode inflamar e infectar formando a conjuntivite. As epidemias ocorrem em lugares onde há aglomeração de pessoas e onde os cuidados básicos de higiene não são obedecidos. No outono existe uma maior incidência de doenças respiratórias e isto está relacionado a uma maior casuística de conjuntivite.

As causas
Passo Fundo é uma região que, devido aos fatores climáticos, principalmente as mudanças bruscas da temperatura e de muita variação diária, provocam uma diminuição nas defesas do organismo levando a uma maior incidência da doença. As doenças respiratórias, como a gripe, levam sem dúvida a um incremento no aparecimento de inúmeros casos de conjuntivite. As causa são bacterianas, virais, fúngicas ou alérgicas mais comumente. Porém, inúmeras outras causas menos comuns podem secundariamente provocar conjuntivite, entre outras, corpos estranhos que caiam no olho, síndrome do olho seco com deficiência das lágrimas entre outros.

Os sintomas
Normalmente o processo se inicia com hiperemia ocular, ardência, fotofobia, coceira e aparecimento de secreções purulentas. Porém, cada caso pode ter suas características, por isso, não devemos fazer uso indiscriminado e sem orientação médica de colírios, que podem acarretar danos ao órgão. Ao surgirem os sintomas a pessoa deverá procurar auxílio médico. Os cuidados de higiene são importantes e a melhora da resistência e da imunidade contribuem para o bom decurso do processo. Na maioria dos casos é contagiosa, exigindo cuidados de higiene e evitar contato direto com pessoas acometidas pela doença.

Os riscos
Ventura alerta para os riscos na utilização tratamentos caseiros ou difundidos como ‘milagrosos’. Sempre que se faça qualquer procedimento não orientado, este poderá ser prejudicial. Sempre uso um exemplo prático. Já atendi inúmeros casos de “conjuntivite” tratada inadequadamente por pessoas sem conhecimento. Utilizando, principalmente colírio sem indicação, tornaram o quadro infeccioso mais grave a ponto de ter que fazer um transplante de córnea, como última tentativa de tratamento para melhora do quadro.

Gostou? Compartilhe