A literatura na luta contra a esquizofrenia

Escritor conta como a escrita o ajudou na estabilização da doença

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Cauê Macedo ParreirasCauê Macedo Parreiras
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Como a leitura e a escrita se mostraram recursos eficientes para melhorar os sintomas de pessoas com esquizofrenia. Por meio do livro “Através da Minha Vida”, publicado pela Editora Viseu, Cauê Macedo Parreiras conta o que viveu e descobriu em sua jornada de luta contra a doença. A famosa voz, conhecida por aqueles que sofrem com o transtorno da esquizofrenia, ajudou o autor Cauê Macedo no processo de estabilização de sua doença. A esquizofrenia é uma doença mental que atinge cerca de 1 em cada 100 pessoas mundialmente, dentre as quais o autor Cauê Macedo, que decidiu compartilhar, por meio do livro o que viveu e descobriu em sua jornada de luta contra a doença.

 

Alucinações
As vozes escutadas indicam um dos sintomas diagnosticados pela doença, em que os médicos afirmam ser alucinações, que agem de diferentes maneiras, mas, na maioria das vezes, de forma negativa. Cauê, diante das dificuldades encontradas desde que descobriu a doença, conta que a voz, por vezes, apareceu em forma de ser humano, embora soubesse que eram apenas visões, ela sempre aparecia para esclarecer assuntos a ele, de forma positiva. O autor foi diagnosticado aos 20 anos e, a partir dali, viu sua vida mudar. Ele conta que passou anos em completa inatividade em frente à televisão, até que passou a ouvir a voz que mostrava coisas sobre ele que nem ele mesmo sabia e o ajudou a administrar a doença.

 

Gosto pela leitura
Após diversas tentativas de tratamento, iniciou o procedimento com medicação injetável, o que o levou a uma grande melhora, despertou o gosto pela leitura e, no último ano, lhe permitiu escrever poesias e o livro Através da Minha Vida. “Este livro é destinado a ajudar desde pessoas que também tenham esquizofrenia, como profissionais da área que buscam, em casos reais, soluções de tratamentos para seus pacientes” diz Cauê. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 21 milhões de pessoas no mundo enfrentam essa doença, que não tem cura, mas pode ser controlado para que os pacientes consigam retomar a vida. Este é o caso atual do Cauê Macedo, que conseguiu retomar as leituras e a escrita.

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