A cirurgia da pálpebra, para eliminar excessos de pele, bolsas ou rugas no entorno dos olhos é importante para rejuvenescer o rosto. Seis efeitos, porém, não podem ser relacionados com alterações na visão. O Dr. Francisco Madalosso de Bittencourt, cirurgião plástico e membro do corpo clínico do Hospital da Cidade, explica que a cirurgia de blefaroplastia para correção do excesso de pele nas pálpebras, em especial as superiores, podem, sim, melhorar a visão. Mas são casos extremos de excesso e flacidez de pele ou em certas patologias em que há ou a perda da sustentação das pálpebras ou enfraquecimento dos músculos que sustentam/movimentam as pálpebras. Porém, esse procedimento não pode ser associado ao astigmatismo. A cirurgia para correção do astigmatismo é outra bem distinta da blefaroplastia.
Além da estética, também melhora a visão funcional?
- Sim, nos casos em que a pálpebra superior está flácida, caída ou com excesso de pele.
A blefaroplastia melhora a lubrificação dos olhos?
- A blefaroplastia não tem o objetivo de melhorar a lubrificação dos olhos.
Logo após a plástica pode ocorre uma piora da visão?
- Piora literalmente é pouco provável. O inchaço pós-operatório pode atrapalhar a visão apenas temporariamente.
Essa cirurgia influencia na fotofobia?
- Não. No pós-operatório imediato até pode-se apresentar fotofobia, mas é temporária e em decorrência do processo inflamatório da cirurgia.
Como é realizada esta cirurgia?
- A blefaroplastia pode ser superior e/ou inferior. Geralmente a cirurgia nas pálpebras superiores e inferiores são realizadas no mesmo ato cirúrgico: o princípio básico é retirar o excesso de pele e bolsas de gordura, devolvendo a jovialidade do olhar. Em alguns casos, melhorando a qualidade da visão.
Como é a recuperação?
- É rápida e praticamente indolor. Com os cuidados recomendados, tende a ser tranquila. Os roxos e o inchaço permanecem por cerca de 10 dias.
Quais os cuidados para prevenir a pálpebra caída?
- A queda das pálpebras superiores propriamente dita, tende a ter um componente orgânico, ou seja, uma doença de base tipo Mistenia Grave. Pode também ser traumática. As pálpebras inferiores podem apresentar condições que podem ser confundidas com queda, exemplo seria o ectrópio. Quando a margem ciliar reverte, "vira"para baixo. Ocorre mais frequentemente em idosos ou quando há perda de tecidos.