O leite materno é o alimento completo para o recém-nascido. Amamentar até os dois anos de idade fortalece a imunidade, previne doenças e estreita os laços entre mãe e bebê. Agosto é o mês dedicado para intensificar a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Neste ano, o lema impulsionado pela Aliança Mundial para a Ação de Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês) é: “aleitamento materno: pilar da vida”.
Primeiros 60 minutos
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida, assim como o aleitamento materno como forma exclusiva de alimentação até os seis meses de idade e, de maneira completar, até os dois anos. No entanto, um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançado neste mês de agosto, revela que 78 milhões de bebês – três em cada cinco – não são amamentados em sua primeira hora de vida no mundo. O relatório aponta ainda que cinco em cada 20 bebês (52%) na América Latina e no Caribe não são amamentados em sua primeira hora de vida.
O papel da fonoaudiologia
Na área da fonoaudiologia, ressalta-se a importância da amamentação para o desenvolvimento harmonioso das estruturas orais e faciais, favorecendo a respiração nasal, o futuro alinhamento dos dentes e a preparação para o desenvolvimento da fala, linguagem e mastigação. De acordo com as fonoaudiólogas do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Angélica Savoldi e Gabriela Decol Mendonça, a amamentação é um direito, não importa a hora nem o lugar, possibilitando o crescimento físico e emocional saudável. “O fonoaudiólogo é capacitado para auxiliar no posicionamento do bebê e na pega adequada do seio materno, de modo que o bebê consiga realizar o ato de sugar de forma efetiva. Além disso, esse profissional incentiva, apoia, defende e empodera as mães e seus bebês durante o aleitamento materno”, salientam as fonoaudiólogas.