Um furinho pequeno no pé do recém-nascido é muito importante como um diagnóstico precoce. Pode detectar doenças graves, permitindo um tratamento precoce. É o Teste de Triagem Neonatal, mais conhecido como Teste do Pezinho. A Dra. Wania Cechin, Pediatra e Neonatologista do corpo clínico do Hospital São Vicente, explica que o teste do pezinho é um exame realizado através de uma gota de sangue, coletada no calcanhar do recém-nascido. Ele é útil para detectar doenças graves que podem trazer problemas para o bebê, porém, se diagnosticadas e tratadas de forma precoce e efetiva esses danos podem ser evitados. O momento ideal para a coleta é entre o 3º e o 5º dia de vida. A triagem não pode ser realizada ainda na maternidade, pois para o diagnóstico da fenilcetonúria é necessário que a criança já tenha sido amamentada, pois no teste é verificada a taxa de uma enzima presente no sangue e que é responsável pela quebra de uma proteína do leite.
Abrangente
O procedimento é obrigatório e gratuito para todos os recém-nascidos. O teste do pezinho realizado na rede pública compreende triagem para fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Também existem outras modalidades do teste do pezinho capazes de reconhecer mais doenças. Quando houver algum resultado positivo serão realizados novos exames. Casos alterados necessitarão de exames específicos para confirmação do diagnóstico.
Eficácia
Os bebes prematuros também devem fazer o teste do pezinho, mas existem algumas ressalvas a considerar naqueles que ainda não receberam o leite materno, ou que receberam medicamentos como corticoides e dopamina ou que estão em nutrição parenteral total ou fizeram transfusão sanguínea. Também a triagem para o hipotireoidismo congênito devera ser repetida nos recém-nascidos prematuros menores de 1500 gramas ou 32 semanas quando houver a possibilidade de um resultado falso positivo. O teste do pezinho poderá ser realizado a partir de 48 horas se o bebê já tiver sido alimentado e no máximo até 30 dias do nascimento da criança. Entretanto, o teste apresentará maior eficácia, sendo feito entre o terceiro e o quinto dia de vida do recém-nascido.