A equipe da Agência Transfusional do Hospital da Cidade (HC) de Passo Fundo foi responsável por uma atividade de qualificação profissional destinada aos Responsáveis Técnicos das agências transfusionais, que não possuem titulação em Hemoterapia, de todo o Rio Grande do Sul. Todos os médicos que participaram da capacitação realizaram um estágio prático de dezesseis horas na unidade do HC entre os meses de agosto a outubro deste ano. A instituição foi escolhida para sediar e ministrar o curso prático, coordenado pela Secretaria da Saúde do RS/Hemorrede, Vigilância Sanitária do Estado, CREMERS e Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As agências transfusionais atuam no armazenamento e realização de testes imuno-hematológicos pré-transfusionais de sangue e seus derivados (concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioprecipitado) para que as transfusões sanguíneas sejam possíveis no ambiente hospitalar de forma segura.
A médica hematologista, que atua como hemoterapeuta da Agência Transfusional do HC, Dra. Denise Ramos de Almeida salientou que a segurança transfusional foi um dos principais pontos reforçados durante a capacitação, que possuiu seu período de prática no Hospital da Cidade. “O reconhecimento do trabalho realizado pela Agência Transfusional do HC nos orgulha muito. Colegas de todo o Estado acompanharam os procedimentos que envolvem o ato transfusional realizados no Hospital da Cidade e poderão colocá-los em prática em suas instituições.” pontuou.
Foram abordados durante as atividades os princípios e diretrizes da Política Nacional de Sangue, Componentes e Derivados, além das regras para funcionamento de estabelecimentos de saúde. O cirurgião geral da cidade de São Borja, Dr. Gilmar Wammes Kochhan se deslocou 187Km para participar da capacitação e salientou que o aprendizado prático recebido irá qualificar o atendimento do hospital da cidade, que realiza cerca de 140 transfusões ao mês “essa capacitação é promovida pela Secretaria Estadual de Saúde para treinar os médicos não-especialistas do interior que atuam nas agências transfusionais. Isso é importante para a gente poder melhorar a segurança do processo de transfusão nos nossos pacientes” relatou.
Campanha contra o mosquito
O Ministério da Saúde lançou campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti. O objetivo é mobilizar toda a população sobre a importância de intensificar, neste período que antecede o verão, as ações de prevenção contra o mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya. Com o slogan "O perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte. Com ações simples podemos combater o mosquito", a campanha ressalta que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, e que a vigilância deve ser constante. Dados nacionais apontam redução nas três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, entre janeiro a outubro de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017, porém, alguns estados apresentam aumento expressivo de casos de dengue, Zika ou chikungunya. Por isso, é necessário intensificar agora as ações de eliminação do foco do mosquito para evitar surtos e epidemias das três doenças no verão.
Vacina contra febre amarela
A população que mora em áreas recomendadas para a vacina da febre amarela deve buscar a vacinação antes do início do verão, período de maior risco de transmissão da doença. O alerta do Ministério da Saúde se dá porque áreas recém-afetadas e com grande contingente populacional, como as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Minas Gerias e São Paulo, ainda possuem um quantitativo elevado de pessoas não vacinadas, ou seja, que estão sob risco de adoecer. A doença tem alta letalidade, em torno de 40%, o que torna a situação mais grave. Desde o surto registrado em dezembro de 2017, a vacinação para febre amarela foi ampliada para 4.469 municípios. Isso se deu, a partir da inclusão de 940 cidades localizadas principalmente nas proximidades das capitais e áreas metropolitanas das regiões Sudeste e Sul do Brasil, onde houve evidência da circulação viral. A cobertura vacinal deve ser de, no mínimo, 95% da população. A vacina contra febre amarela é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação e distribuída mensalmente aos estados. Neste ano já foram enviados, para todo o país, 30 milhões de doses da vacina de febre amarela. Apesar dessa disponibilidade, há uma baixa procura da população pela vacinação. As pessoas devem tomar a dose pelo menos 10 dias antes do deslocamento para as áreas recomendadas.