Homens preferem ter menores chances de sobrevivência do que enfrentar possíveis efeitos colaterais no tratamento do câncer. A descoberta alarmante foi de um estudo do Instituto de Pesquisa Nacional do Câncer em Glasgow, no Reino Unido.
Atualmente, os principais tratamentos do câncer de próstata incluem a cirurgia e/ou a radioterapia, mas esses, podem causar incontinência urinária e perda da função sexual. O estudo sugere que, embora os pacientes valorizem uma vida mais longa, eles também valorizam a qualidade de vida, e podem estar dispostos a escolher menos tratamentos com base nisso.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores do Imperial College London conversaram com 634 homens que tinham recebido recentemente o diagnóstico de câncer de próstata. Em todos os casos, o tumor ainda não havia se espalhado. A maioria tinha tumor de baixo ou médio risco.
Os resultados mostraram que entre obter uma melhoria de 1% na chance de manter a função urinária ou 0,68% de chance na melhora de sobrevida, os homens tendiam a escolher a primeira opção. A mesma decisão se repetiu quando as opções eram a chance de 0,41% de melhora na sobrevida ou uma probabilidade maior de 1% maior de não precisar mais de tratamento.
A conclusão do estudo é que os homens querem se curar, mas preferem por tratamentos que tem efeitos colaterais baixos. No Brasil, a recomendação é que todos os homens comecem o rastreamento (exames como PSA e o toque retal) a partir dos 50 anos. Aqueles com alto risco, como os que têm um parente de primeiro grau com diagnóstico antes dos 65 anos, devem começar aos 45 anos.
Pesquisa de câncer de próstata
Estudo para pacientes com câncer de próstata avançado candidatos a receber no mínimo um ano de terapia contínua de privação androgênica. O tratamento em estudo é um antiandrogênico oral versus um subcutâneo.