“O amor em forma de boneca” – Assim a voluntária do HC, Sônia Argenton Filla expressa a atuação do Projeto Amoreca e Amoreco na Pediatria do Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo. Sônia é uma das idealizadoras do projeto, juntamente com a professora Rosane Cogo Rigo. Em novembro deste ano a iniciativa, que distribui bonecas e bonecos de patchwork, completou dois anos de atuação no HC, beneficiando mais de quinhentas crianças de cinquenta e três municípios da região.
Visitas
A importância das visitas semanais se reflete nos sorrisos dos pequenos pacientes. “A nossa preocupação através do projeto é alegrar uma criança que hoje está triste por algum motivo, não apenas relacionado à doença. Que ela possa dizer através dessa atitude: eu ganhei essa boneca e estou feliz hoje”. conta Sônia. Os desenhos variados que dão forma aos bonecos e bonecas são criados e confeccionados pelas voluntárias. Cada doação é única, assim como o afeto que as acompanha “para nós estar aqui é um presente, a gente sai sempre feliz, é uma coisa de coração” relata Sônia. A confecção das bonecas e também dos bonecos em formato de cachorrinho é realizada com produtos novos visando a segurança do paciente no ambiente hospitalar. “A gente se reúne uma vez por semana e trabalha nas bonecas. Enquanto a Sônia trabalha no vestidinho, eu faço o cabelo. Quando a gente se reúne, a gente trabalha junto.” lembra Rosane.
Ação integrada
As ações de voluntariado no HC são integradas ao cuidado humanizado, promovendo a qualidade no acolhimento e conforto aos pacientes durante seu processo de tratamento. “O projeto iniciou no ano de 2016 e encontra-se atualmente em pleno desenvolvimento, em que é observada a sua grande importância e influência no tratamento dos pacientes na Pediatria do Hospital de Clínicas de Passo Fundo. Esta proposta de voluntariado veio ao encontro de outras atividades realizadas na instituição que englobam a Política Nacional de Humanização, trazendo no período de internação hospitalar destes pacientes aspectos que vão além do fazer clínico e que interferem positivamente no tratamento.” salienta o assistente social do HC, Charles Vieira. Os novos brinquedos são motivo de alegria e descontração na unidade pediátrica. “Muitas vezes o contexto hospitalar para as crianças é rodeado de medos e angústias, em que fazer este período ter menor impacto possível se torna um dos principais objetivos”, explica o assistente social do HC.