Transplante simultâneo pâncreas-rim

Tese de doutorado de cirurgião passo-fundense recebeu conceito ?EURoeA?EUR? na USP

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As complicações pós-cirúrgicas do transplante simultâneo pâncreas-rim foram analisadas pelo cirurgião digestivo do Hospital da Cidade, Dr. Jorge Roberto Marcante Carlotto, através de sua pesquisa para conclusão do doutorado em Ciência Cirúrgica Interdisciplinar na Universidade Federal de São Paulo. A tese recebeu conceito A, a mais alta qualificação na escala de avaliação da banca examinadora, composta por professores da Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Hospital Israelita Albert Einstein e Universidade Federal da Paraíba. A pesquisa foi apresentada no final do mês de setembro, em São Paulo. “A tese foi baseada nas complicações pós-operatórias do transplante de pâncreas, na modalidade pâncreas e rim simultâneo. O estudo demonstrou que o transplante de pâncreas possui um índice de complicações elevado, principalmente dependente da escolha do doador e do receptor,” esclarece Dr. Jorge Carlotto. 

 

Impacto das complicações
Os dados analisados através da pesquisa representam trinta por cento do número de transplantes simultâneos pâncreas-rim realizados em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul não há nenhum serviço em atividade para realização de transplante pancreático e renal combinados, o serviço vinculado à Universidade Federal de São Paulo é responsável pelo maior número destes procedimentos no país. A tese intitulada ‘Impacto das Complicações Pós-Transplante Simultâneo Pâncreas-Rim sobre o Custo da Internação Hospitalar’ analisou ainda a relação da intervenção com o custo da internação hospitalar, evidenciando a correlação entre a assertividade do procedimento para a recuperação pós-cirúrgica, a partir de criteriosa avaliação dos riscos e benefícios da realização do procedimento entre os pacientes candidatos, e à diminuição dos custos relacionados e melhora na qualidade de vida do paciente.  “Existem alguns fatores que podem diminuir estas complicações. Entre eles a experiência da equipe, o treinamento e o número de transplantes relacionados por ano. Então, nós percebemos que a principal complicação relacionada são complicações imunológicas.” salientou o cirurgião, que atua no HC desde 2016, sendo responsável pelos procedimentos cirúrgicos digestivos na área de cirurgia hepatobiliopancreática, que se dedica ao tratamento de doenças no fígado, vias biliares e pâncreas. 

 

Um avanço da medicina
O transplante combinado de pâncreas e rim é considerado um dos principais avanços na área médica para o controle da progressão das lesões relacionadas à população portadora de Diabetes Mellitus. Estima-se que entre os cerca de 10 milhões de pacientes diabéticos no Brasil, em média, 10% sejam insulinodependentes e 50% destes possuem chance de desenvolver complicações relacionadas à doença afetando rins e retinas, por exemplo.

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