Tratamentos alternativos para câncer podem aumentar risco de morte

Os cientistas analisaram informações de 1.290 pacientes diagnosticados com cânceres curáveis

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Um trabalho americano deixa claro por que é tão importante encarar os tratamentos não convencionais contra o câncer como um método auxiliar e não alternativo. Veja a diferença.

  

Os cientistas analisaram informações de 1.290 pacientes diagnosticados com cânceres curáveis, iniciais, de mama, próstata, pulmão ou de intestino entre 2004 e 2013.  Todos se submeteram à quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e/ou cirurgia, tratamentos bem consolidados atualmente. De todos pesquisados, 258 também recorreram às mais variadas táticas não convencionais.

 

Ao comparar os 1.032 indivíduos que ficaram apenas nas técnicas consagradas de combate ao câncer com os que buscaram terapias fora da medicina tradicional, surgiu um dado assustador. O risco de morte dessa segunda turma era duas vezes maior – lembre-se de que estamos falando de tumores que não estavam em estágio avançado.

 

Ao se aprofundar nas informações, os cientistas perceberam que os usuários de métodos não convencionais tinham uma probabilidade bem maior de recusar ao menos uma parte do tratamento convencional. Por exemplo: eles poderiam topar a cirurgia, porém negar a quimioterapia, rejeitando um dos tratamentos sugeridos pelos médicos.  Em números, 7% dos pacientes que escolheram práticas fora da medicina moderna disseram não para a cirurgia (contra 0,1% da outra turma), 34,1% rejeitaram algum quimioterápico (contra 3,2%), 53% repeliram a radioterapia (contra 2,3%) e 33,7% renunciaram à hormonioterapia (contra 2,8%).

 

De forma interessante, quando os cientistas focaram apenas nos enfermos que empregaram métodos complementares, mas seguiram à risca o tratamento tradicional indicado pelo médico, notaram que, entre eles, não havia um maior risco de morte. Em outras palavras, as técnicas menos convencionais não ajudaram a prolongar a vida, porém também não atrapalharam por si só. As informações precisam ser melhor compreendidas para que as pessoas não sejam enganadas, e acabem não realizando o tratamento convencional ideal atual.

 

Pesquisa do Câncer urotelial

O Instituto do Câncer Hospital São Vicente realiza estudo para pacientes com câncer urotelial (carcinoma de células transicionais) irresecável ou metastático elegíveis para receber terapia de 1ª linha. O tratamento em estudo inclui imunoterapia isolada ou em combinação com quimioterapia.

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