O dia 4 de fevereiro é conhecido como o “World Cancer Day” (Dia Mundial do Câncer), data em que diversas entidades e sociedades médicas do mundo inteiro reforçam a importância da conscientização sobre os cuidados necessários para reduzir a incidência desta doença.
Manter uma alimentação saudável e equilibrada, praticar atividade física e, em alguns casos, fazer exames preventivos são orientações simples para prevenir o câncer, mas difíceis de seguir. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), realizada em 2017, metade das pessoas ouvidas não faz exercício físico e uma em cada quatro não vê a obesidade como problema relacionado ao câncer.
O levantamento mostrou, ainda, que as pessoas sabem da importância dessas medidas, mas resistem ou têm dificuldade de mudar seu estilo de vida. A dificuldade de entender qual o impacto real de uma alimentação com muito açúcar ou alimentos processados também pode ser um dos motivos para postergar mudanças de hábitos. Mas qual é então a real relação entre uma alimentação com muito açúcar e câncer? Apesar de não haver estudos apontando uma relação direta entre o consumo de açúcar e o desenvolvimento do câncer, o consumo em excesso pode acarretar em outras doenças crônicas, como o diabetes além de contribuir para quadro de obesidade, que é um fator reconhecido em seu potencial de aumentar o risco de câncer. Do ponto de vista metabólico, todas as células, sadias ou cancerígenas, precisam de glicose (açúcar) para sobreviver e não há um processo seletivo para que as moléculas de glicose sejam mais aproveitadas pelas células cancerígenas, mas uma dieta rica em açúcar pode favorecer o câncer de outras formas. As mais recentes pesquisas do Fundo Global de Pesquisa sobre o Câncer (WCRF) e o Instituto Americano de Pesquisa para o Câncer (AICR) indicam que dietas baseadas em “fast food”, alimentos processados e com alto teor de sódio e açúcar estão aumentando em todo o mundo, levando ao aumento global de sobrepeso e obesidade e, consequentemente, a mais casos de cânceres relacionados à obesidade. Há mais de 13 tipos de câncer associados à obesidade. A diabetes tipo 2, que normalmente é desencadeada em dietas ricas em açúcar de rápida absorção, também eleva o risco de câncer. No caso do câncer de mama, estudos indicam um aumento de quase 20% na incidência em mulheres que têm diabetes.
Segundo a OMS, a quantidade de açúcar (sacarose) para um indivíduo saudável deve ser o mínimo possível, limitando-se a 25g/dia, o que representa aproximadamente 5% das necessidades calóricas. É um desafio que precisa ir além dos esforços individuais para ser superado. Por isso, o Ministério da Saúde vem tomando medidas que vão além da conscientização ao assinar acordos com a indústria para a redução de açúcar e sódio nos produtos industrializados.
Pesquisa de Câncer de Próstata
O Instituto do Câncer Hospital São Vicente realiza estudo para pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração após uso de Enzalutamida ou Abiraterona. O tratamento em estudo é um inibidor de PARP versus Enzalutamida ou Abiraterona.