O componente que, antes, era oferecido apenas em cápsulas ganhou versões também em forma de sachê e balas industrializadas aumentando o seu consumo de forma considerável. O colágeno é a proteína estrutural mais abundante no organismo. Apesar de ser facilmente encontrado, o alerta é para que esses produtos apenas sejam usados com acompanhamento do médico, pois nem todos os pacientes têm indicação. A médica dermatologista e secretária científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, Fernanda Freitag, explica que a partir dos trinta anos há uma perda de colágeno na pele que chega a ser de 1% ao ano. “Uma das ideias é que tomando o colágeno hidrolisado é possível retardar essa perda. Vários estudos mostram que ingerir 10 g por dia melhora a função do fibroblasto que é a célula responsável pela produção de colágeno na nossa pele”, explicou.
Acima dos 40
A indicação é que o consumo seja feito a partir de uma conversa com o dermatologista. “Pacientes que mais se beneficiam do uso de colágeno hidrolisado são aqueles acima de 40 anos, com alguma doença osteomuscular ou que têm uma baixa ingesta proteica na dieta”. O colágeno é extraído de certos animais, especialmente porcos, bois e peixes. Deve passar pelo processo de hidrólise, que é a quebra pela água das moléculas de proteína. Isso permite que ele seja absorvido mais facilmente pelo organismo. A ingestão do colágeno também é indicada para atletas de alto rendimento por melhorar a mobilidade articular, diminuindo as dores do treino.
Fotoproteção da pele
A médica lembra que a exposição solar aguda ou crônica inibe o fibroblasto de produzir colágeno e aumenta a degradação das fibras existentes. Portanto, mais importante que a suplementação de colágeno é a fotoproteção rigorosa da pele com uso de filtros solares para evitar o envelhecimento. Vale lembrar também, que o estímulo à produção de colágeno pode ser alcançado com procedimentos dermatológicos onde se injeta na pele do rosto ou corpo bioestimuladores de colágeno, melhorando a flacidez da face, glúteos, braços, coxas e abdome. Uma boa conversa com o médico dermatologista pode esclarecer o melhor tratamento para seu caso.