Uma das fraturas mais comuns de ocorrer, tanto em adultos como em crianças, é a de clavícula. De acordo com o ortopedista da Clínica IOT, Dr. Carlos Humberto Castillo Rodriguez, especialista em ombro e cotovelo, a principal causa de fratura são os traumas diretos ao nível dos ombros, muito frequente em quedas da própria altura, durante prática de atividades esportivas e, em casos mais graves, em acidentes de trânsito, com maior incidência em pacientes adultos jovens. Na clínica IOT, a equipe é referência no tratamento deste tipo de fraturas. “Temos uma média de tratamento cirúrgico para fraturas de clavícula de 15 a 20 por mês, com excelentes resultados”, revela o especialista.
Tratamento cirúrgico
O ortopedista explica que em adultos, geralmente, é necessário tratamento cirúrgico para a rápida recuperação funcional do ombro e também para fins estéticos. Em crianças raramente o tratamento é cirúrgico, pois se obtém melhores resultados apenas com imobilização, por 3 a 4 semanas. “Em crianças o trauma também é bastante comum e ocorre pelos mesmos motivos que em adultos: na prática de esportes, brincadeiras e em acidentes como a queda da cama”, revela o ortopedista.
Sintomas
Os principais sintomas são dor na região da clavícula, localizada no ombro, logo acima da primeira costela, com limitação para elevação do membro. “Pode ocorrer hematoma, inchaço e até deformidade do local, dependendo da severidade e intensidade do trauma. Fragmentos ósseos podem ficar bem rentes e evidentes na pele e em alguns casos a pele é perfurada e a fratura fica exposta, nestes é necessário tratamento cirúrgico de urgência”, alerta Rodriguez.
Crianças
Em crianças, os melhores resultados são em sua grande maioria com tratamento conservador, sem cirurgia, devido à caraterísticas desta fase que resultam em uma rápida cicatrização e ótima remodelação óssea. Rodriguez explica que o tratamento consiste em imobilização com tipoias do ombro afetado, por um período de 3 a 4 semanas. “Não é recomendado o tratamento cirúrgico em crianças, já que aumenta a chances de não cicatrização e de problemas relacionados ao material de síntese, como infecção”, revela o ortopedista.
Em adultos pelo contrário, os melhores resultados são com tratamento cirúrgico na grande maioria dos casos. “Somente em casos de fratura parcial ou em casos com mínimo desvio em pacientes que não praticam esportes competitivos se indica tratamento conservador. Nestes pacientes pode ser realizada imobilização com tipoia ou órtese por um período de 4 a 6 semanas”, explica o especialista.
Rodriguez explica que nos casos de cirurgia, realiza-se uma incisão ao longitudinal ao sentido da clavícula, expondo os fragmentos ósseos e reduzindo anatomicamente. Então os fragmentos são fixados com uso de placa de titânio ou aço cirúrgico e parafusos especiais. A recuperação funciona da seguinte maneira: após três semanas da cirurgia é retirada a imobilização e se inicia a reabilitação com exercícios em casa e com fisioterapeuta até a recuperação completa. Após a cicatrização da fratura (4 a 6 semanas) o paciente é liberado para atividades de fortalecimento muscular. Volta para atividades esportivas em 2 a 3 meses, dependendo do caso.
Resultados
O especialista afirma que este tipo de tratamento tem ótimo resultados, com um índice de sucesso de 95 a 98%. “As fraturas da clavícula felizmente não comprometem a vida do paciente, mas podem levar a considerável perda funcional e sequelas de movimentos se não tratadas adequadamente. Por isto recomendo consultar com especialistas em caso de suspeita de fratura, para planejar e realizar o tratamento o mais rápido possível e garantir o melhor resultado”, finaliza o ortopedista.