O objetivo desse projeto é fazer com que as pessoas que passam pela unidade de saúde mental consigam externalizar suas emoções, o que estão sentindo ao passar pelo momento de internação. Por estarem em um tratamento breve, o que se busca é estimular que os pacientes expressem a partir das músicas o choro, a raiva, tristeza, alegria, entre outros. A acadêmica destaca que esse trabalho teve resultados positivos, sendo nítida a melhora interpessoal do paciente, na aceitação do tratamento ao hospital. “A expressão da real emoção momentânea trouxe resultados benéficos significantes entre os momentos pré e pós-intervenção. A música entra como uma quebra da vivência deles no hospital, música é alegria, é emoção, é tristeza, é choro, é lembrança. Mas quando dialogado no grupo tudo vem a somar. Qualquer música a escolha do paciente já diz muito sobre ele neste momento de sua internação, tudo é avaliado”, explica Júlia.
A futura psicóloga acrescenta que a experiência foi gratificante e bastante positiva. “Essa oportunidade me mostrou o quanto a música é benéfica e se faz de extrema importância em um ambiente hospitalar. Tendo uma boa aplicação, condução e diálogo traz resultados somente positivos. Pode-se compreender mais sobre o comportamento do indivíduo e suas manifestações com esta intervenção. Onde juntando a teoria e a prática obteve-se resultados benéficos aos pacientes”.
Para a supervisora de Júlia, a professora Me. Vanessa Ilha, o estágio básico do curso de psicologia é o primeiro contato do nosso aluno com a prática psicológica. “Essa oportunidade não beneficia somente ao estagiário, mas também aos locais de estágio e seus frequentadores. No Hospital Cristo Redentor de Marau não foi diferente. Os pacientes da ala de saúde mental puderem ter contato com a música por meio da estagiária de psicologia. As letras e as melodias, nos trazem ensinamentos e auxiliam para mudanças que são necessárias. Essa atividade proporcionou momentos de reflexão e ressignificação. É muito gratificante quando os alunos investem no aprendizado principalmente com suas habilidades pessoais”, pontua a docente.