A música no auxílio do tratamento da saúde mental

Acadêmica do Curso de Psicologia da Imed, Júlia Bernardi, realiza trabalho de externalização das emoções pela música no Hospital Cristo Redentor em Marau

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Júlia Bernardi é acadêmica de Psicologia na ImedJúlia Bernardi é acadêmica de Psicologia na Imed
Júlia Bernardi é acadêmica de Psicologia na Imed
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Buscando impactar a vida dos pacientes em relação à aceitação do tratamento hospitalar, a acadêmica do Curso de Psicologia da Imed, Júlia Bernardi, está desenvolvendo um trabalho de interação a partir da utilização da música, no Hospital Cristo Redentor, de Marau. A estudante realiza uma atividade semanal com cerca de 10 pacientes que possuem transtornos mentais ou que são dependentes químicos, acompanhando uma unidade de saúde mental que consta dentro do hospital geral. Durante cerca de duas horas, Júlia, com a ajuda de seu violão, canta e toca músicas que são escolhidas por terem letras de motivação e melodias alegres. Algumas delas são sugestões dos próprios pacientes.
“Sempre gostei muito de tocar violão e cantar, e ao conseguir realizar meu estágio dentro do hospital, quis realizar as duas atividades na qual gosto. Não sabia se seria possível, porém, com auxílio da professora orientadora é que tive a certeza de que poderia realizar esta atividade, que é baseada na atividade de um músico terapeuta. Fiquei extremamente surpreendida com os resultados”, comenta a estudante.
 
Resultados positivos
O objetivo desse projeto é fazer com que as pessoas que passam pela unidade de saúde mental consigam externalizar suas emoções, o que estão sentindo ao passar pelo momento de internação. Por estarem em um tratamento breve, o que se busca é estimular que os pacientes expressem a partir das músicas o choro, a raiva, tristeza, alegria, entre outros. A acadêmica destaca que esse trabalho teve resultados positivos, sendo nítida a melhora interpessoal do paciente, na aceitação do tratamento ao hospital. “A expressão da real emoção momentânea trouxe resultados benéficos significantes entre os momentos pré e pós-intervenção. A música entra como uma quebra da vivência deles no hospital, música é alegria, é emoção, é tristeza, é choro, é lembrança. Mas quando dialogado no grupo tudo vem a somar. Qualquer música a escolha do paciente já diz muito sobre ele neste momento de sua internação, tudo é avaliado”, explica Júlia.
 
Música é benéfica
A futura psicóloga acrescenta que a experiência foi gratificante e bastante positiva. “Essa oportunidade me mostrou o quanto a música é benéfica e se faz de extrema importância em um ambiente hospitalar. Tendo uma boa aplicação, condução e diálogo traz resultados somente positivos. Pode-se compreender mais sobre o comportamento do indivíduo e suas manifestações com esta intervenção. Onde juntando a teoria e a prática obteve-se resultados benéficos aos pacientes”.
 
Prática psicológica
Para a supervisora de Júlia, a professora Me. Vanessa Ilha, o estágio básico do curso de psicologia é o primeiro contato do nosso aluno com a prática psicológica. “Essa oportunidade não beneficia somente ao estagiário, mas também aos locais de estágio e seus frequentadores. No Hospital Cristo Redentor de Marau não foi diferente. Os pacientes da ala de saúde mental puderem ter contato com a música por meio da estagiária de psicologia. As letras e as melodias, nos trazem ensinamentos e auxiliam para mudanças que são necessárias. Essa atividade proporcionou momentos de reflexão e ressignificação. É muito gratificante quando os alunos investem no aprendizado principalmente com suas habilidades pessoais”, pontua a docente.
 
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