Rosas da vida

As histórias reais de luta contra o câncer de mama

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Dra. Nicoli Henn é médica oncologista e atua no Centro de Oncologia e Hematologia do HC.Dra. Nicoli Henn é médica oncologista e atua no Centro de Oncologia e Hematologia do HC.
Dra. Nicoli Henn é médica oncologista e atua no Centro de Oncologia e Hematologia do HC.
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A sensibilização em torno da prevenção de diversas doenças mobiliza a população através de campanhas de conscientização que destacam as principais formas de prevenção e sinais de alerta para a busca de auxílio médico. Em razão disto, os meses do calendário têm ganhado cores cada vez mais diversificadas, representando diversas campanhas. A cor rosa, no entanto, está em evidência constante, alertando as mulheres para a prevenção do câncer de mama. Celebrada desde os anos 90, a Campanha Outubro Rosa possui expressividade em nível mundial, promovendo informações sobre o acesso aos exames de prevenção e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma.

 

História
O movimento Outubro Rosa se originou a partir de um evento chamado "Corrida pela cura" que arrecadou fundos para as pesquisas clínicas da instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, em Nova Iorque. Esta campanha ganhou notoriedade e o mês de outubro foi instituído como o mês de prevenção do câncer de mama, mobilizando instituições em todo o mundo.



Diagnóstico precoce é o principal aliado no tratamento

A médica oncologista do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, Dra. Nicoli Henn ressalta a importância da detecção precoce do câncer de mama. “O câncer de mama é o principal responsável pela mortalidade por câncer nas mulheres. As taxas de sucesso do tratamento e de cura estão intimamente relacionadas ao diagnóstico precoce, assim, quanto mais inicial a descoberta e o tratamento, maiores as chances de um melhor resultado para as pacientes. Por isso, a importância do comprometimento da sociedade com as medidas de rastreamento, visto que nesses casos a ideia é diagnosticar o câncer em fase ainda assintomática, ou seja, num quadro geralmente inicial”, pontua.

 

Origem multifatorial
Segundo dados do Ministério da Saúde, hábitos alimentares e um estilo de vida saudáveis podem reduzir em cerca de 30% as chances de desenvolvimento do câncer de mama. “O câncer tem origem multifatorial, ou seja, são fatores internos e externos que associados acabam por contribuir para o desenvolvimento de um tumor maligno. Para o câncer de mama, há fatores de risco conhecidos e alguns que podemos interferir, auxiliando na prevenção desse tumor, como por exemplo: adotando uma dieta saudável, evitando o uso de bebidas alcoólicas, praticando atividades físicas, além de evitar a obesidade/sobrepeso. E caso a mulher tiver filhos, a amamentação também contribui para a redução do risco de desenvolver um câncer de mama”, explica a oncologista do HC.

 

Sinais de alerta
A especialista esclarece sobre os sinais de alerta para a investigação deste tipo de câncer. “Surgimento de nódulo na mama, vermelhidão, pele da mama mais endurecida ou local mais endurecido, saída espontânea de líquido sanguinolento ou transparente do bico do peito, feridas que não cicatrizam, surgimento de área de abaulamento na mama ou área de retração na mama – formando uma “covinha” ou uma mudança com inversão do bico do peito”, enfatiza Nicoli Henn. A mamografia é um exame não invasivo utilizado como um dos mecanismos para a detecção precoce do câncer de mama, este exame é indicado a partir dos quarenta anos de idade para mulheres que não tiveram casos da doença na família.

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