Festas de fim de ano sem abusos

Como mesclar diversão e saúde em meio às comemorações

Por
· 1 min de leitura
Dra. Eline Dias Pereira é médica endocrinologista, pós-graduanda em comportamento alimentarDra. Eline Dias Pereira é médica endocrinologista, pós-graduanda em comportamento alimentar
Dra. Eline Dias Pereira é médica endocrinologista, pós-graduanda em comportamento alimentar
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

 Com a chegada das festas de final de ano a tendência é exagerar nas comidas e bebidas. Sabemos que comer é muito bom, o problema é quando isso se transforma no foco principal das reuniões em família e amigos. “O alimento é uma parte da comemoração, ele deve ser saboreado lentamente, com plena atenção ao que está sendo consumido, juntamente com as pessoas que amamos. Nesses momentos devemos aproveitar para colocar o papo com dia com os amigos e familiares, falar sobre os motivos que os mantém unidos, sobre as tradições familiares desta época”, comenta a endocrinologista e pós-graduanda em comportamento alimentar, Dra. Eline Dias Pereira.

Gatilho para doenças

A médica especialista ressalta que, em curto ou longo prazo, os quilogramas ganhados podem vir a desregular o funcionamento do nosso organismo. No caso de pessoas saudáveis, sem problemas de saúde, o ganho de peso pode ser o gatilho para doenças que ela já tenha uma predisposição genética, como o diabetes. Problemas ortopédicos, como desgaste de joelhos e quadris também costumam se acentuar com o ganho de peso. “Para pessoas que já possuem comorbidades, os quilos a mais podem levar a necessidade de ajuste das doses de medicamentos, tais como hormônio da tireóide, já que a dose necessária da medicação é influenciada pelo peso”, frisa.

Atenção aos alimentos

Dra. Eline explica que não costuma classificar os alimentos em “prejudiciais”, pois não é um alimento sozinho que causará prejuízos ao organismo, mas a forma, a quantidade e contexto que ele será consumido. “Mesmo assim devemos atentar aos alimentos ricos em gorduras, como alguns cortes de carne de porco, com muito carboidrato como arroz e farofa, ou ricos em açúcar como as sobremesas”, esclarece. Ela também coloca a possibilidade de realizar trocas saudáveis e que não perdem nada em sabor, optando por alimentos in natura ou minimamente processados. “O processamento de alimentos pode tirar as fibras dos mesmos, diminuindo o poder de saciedade e aumentando seu índice glicêmico, ou seja, a capacidade de elevar a glicose no sangue. Sobremesas a base de frutas, carnes magras grelhadas são algumas das opções”, diz.

As bebidas

Outro risco são as bebidas alcóolicas, já que as pessoas tendem a se preocupar apenas com a comida e bebem sem se dar conta do quanto os drinks e copos de cerveja são calóricos. “Para pacientes diabéticos, além do descontrole da glicemia (glicose no sangue) pela própria bebida, existe uma preocupação adicional: a desidratação que o álcool traz, o que complica ainda mais o quadro”, explica. Uma das ferramentas que ajuda a evitar o exagero é alternar com a ingesta de água e sucos naturais.
(Matéria completa na edição impressa)

 

Gostou? Compartilhe